O MÁGICO

Confira essa nova animação do diretor de Bicicletas de Belleville.

BALADA DO AMOR E ÓDIO

Confira nossa crítica sobre o mais novo filme do cineasta espanhol Álex de la Iglesia.

FRIDA KAHLO EM SEIS SENTIDOS

O projeto de extensão “cores” nos convida inicialmente a um espetáculo sobre a vida da artista plástica, mexicana, Frida Kahlo.

ARTEROTISMO - UM CONVITE

Gente! Ontem eu fui ao evento #OqueDjaboÉIsso, onde tive o prazer de assistir ao ótimo espetáculo "As cores avessas de Frida Kahlo"...

"A CULPA É DA SOCIEDADE"

A sociedade é culpada: Esse foi um entre outros discursos gritados nesses dias que sucederam a “tragédia do realengo”...

sábado, 30 de outubro de 2010

Programação FiliPipa


Gente, como eu havia prometido, tai o link do Blog do FiliPipa 2010 pra vocês sacarem a programação do evento.Vão lá prestigiar nossos escritores e nossa ainda jovem literatura. E de quebra curtir as praias de Pipa

Xêru, espero vocês lá.


http://flipipa2010.blogspot.com/2010/10/confira-programacao-do-flipipa-2010.html

sábado, 23 de outubro de 2010

II FliPipa

O II Festival Literário de Pipa ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 de novembro, na praia de Pipa, no litoral sul do Estado. O evento deve reunir alguns dos maiores autores de língua portuguesa, além de estudiosos, educadores, pesquisadores e intelectuais, jornalistas e artistas norte-rio-grandenses e o grande público.

Já estão confirmados alguns dos maiores autores da literatura contemporânea: João Gilberto Noll, João Ubaldo Ribeiro, Geraldo Carneiro, o escritor Moçambicano Mia Couto, Frederico Pernambucano de Mello, Daniel Galera, Raimundo Carrero e Laurentino Gomes.



O escritor, jornalista e tradutor Daniel Galera realizando a Oficina Literária, durante os três dias de Festival. Segundo ressaltou o próprio ministrante, a oficina será focada no gênero conto, com ênfase nos seguintes tópicos: diferença entre autor e narrador, tipos de narrador, construção de personagem, estrutura e tempo da narrativa, subtexto e clímax. Tudo numa abordagem leve, voltada para os estudantes. Os autores trabalhados serão Anton Tchekhov, Sérgio Sant´Anna, Luiz Vilela, Daniel Pellizzari, Paulo Scott. Nos dois primeiros encontros alternariam exposição de conteúdo com exercícios de escrita em aula, e o encontro final será um mini-seminário para leitura e discussão de contos produzidos pelos alunos.

Pipinha Literária

Várias ações serão voltadas principalmente para a comunidade escolar. Serão três dias onde estudantes e professores participarão de debates literários, oficinas de literatura, vivências teatrais e audiovisuais envolvendo ONGs, escolas e entidades educacionais de Tibau do Sul e cidades vizinhas. 

Cinema

Como não podia faltar, também está programada a Mostra de Cinema, nos turnos da manhã e tarde, durante os três dias. Haverá exibições e debates sobre o conteúdo de filmes nacionais de curta metragem nos gêneros de animação, documentário e ficção. 


O evento é uma grande oportunidade de reunir cabeças pensantes, discutir idéias e quem sabe por algumas delas em prática... Ainda de quebra o cenário da praia de Pipa ao fundo.  :)

Breve programação completa.

Xêru

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

XX SEMANA DE FILOSOFIA NA UFRN - Como orientar-se no Pensamento


A Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, promove no próximo mês de 8 a 12 de Novembro de 2010, mais uma semana de filosofia, que inclui várias palestras, Mini-cursos (os mais variados), apresentação de trabalho, filmes com temática filosófica entre outros pequenos eventos. A semana de filosofia para os muitos que não sabem é especificamente aberta ao público para presenciar e prestigiar o evento, podendo com isso verificar onde e em quê as suas contribuições estão sendo gastas e o que os filósofos estão trabalhando em prol da formação do conhecimento educacional, da Ética, da Política e de outros diversos ramos que lhe são pertinentes. Principalmente, deve participar todos os alunos do curso de filosofia para prestigiar o evento que esta a cada ano buscando melhorar e dá prosseguimento a formação do pensar de nosso Estado. Chamo atenção para que o evento não se restringe, apenas, para aqueles que acham que filosofia é só para quem tem estudo, não o evento é estendido a todos que queiram um diálogo acima de tudo acerca do que é a verdade diferente daquilo que o parece ser, ou seja, diferenciar o que é possível de ser pensado para aquilo que não é. Os GTs, mini cursos, palestras entre outros eventos são abertos a todos e não se restringem, somente, a filosofia. Apesar de haver um enfoque todo voltado para este ramo do conhecimento ela não se restringe, apenas, a este ponto específico, mas abrange toda a forma de pensar o "Logos" (ou diálogo com a alma) e isto inclui o pensar estético, político, social, educacional entre outros saberes que envolve desta forma todos os demais ramos do conhecimento, seja ele no campo da sociologia, das Letras, das Artes, da Psicologia, da História, da antropologia entre outras formas de saber.

Devemos observar que é necessário que o público seja ele universitário ou não, venha a verificar em que contexto esta sendo aplicado os seus impostos e qual o beneficio que eles terão de volta mediante o seu investimento, já que muitas decisões e desenvolvimento do Estado é direta ou indiretamente oriundo dos muros da Universidade. Vale salientar que os eventos que são promovidos na UFRN, passam desapercebidos por uma grande parte da população do Rio Grande do Norte que não tem a miníma idéia do que esta acontecendo, no nível académico. Isto pode acontecer devido a pouca divulgação nos meios de comunicação que "selecionam" aquilo que lhes parece ser relevante como a CIENTEC e deixando de lado eventos menores como a semana de Humanidades e outros tipos de eventos que não chamam muita atenção. Esta desatenção a meu modo de ver é extremamente danoso, não só para a Universidade que parece encontrar-se isolada do resto da sociedade, como esta que observa e teme andar pelos corredores e frequentar os eventos lá promovidos devido achar que naquele local existe um bastião de deuses da intelectualidade que estão prontos a esnobar suas ingénuas perguntas. Devemos fazer aqui uma pequena advertência "ninguém nasce sabendo e perguntar esta na origem e fundamento da filosofia" a humildade também deve ser exercitada com esta interacção entre público e académicos. E devemos combater a todo e qualquer indicio de pedantismo que venha a ocorrer em nossos muros e na academia.

Portanto, nada melhor para este exercício de cidadania do que frequentar este evento filosófico que esta sendo organizado com tanto afinco Pelo Professor Eduardo Pellejero que vem se mostrando um entusiasta da livre comunicação e transito de saberes em todos os níveis de conhecimento. Não só ele como todo o departamento de Filosofia esta centrado no sucesso da XX SEMANA DE FILOSOFIA, que tem como tema "Como se orientar no Pensamento" assunto este que se mostra tão atual e necessário, principalmente, nas atuais conjecturas Política e Filosófica que encontramos em nosso País. Vale apena comparecer. Para mais informações sobre o evento acessar o site: www.cchla.ufrn.br/filosofia/. Espero todos lá até mais.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SUGESTÕES E AFINS SOBRE LITERATURA GÓTICA



Bem, tenho algumas sugestões que poderiam vir a serem lidas sobre Literatura Gótica, especificamente, as clássicas. Este género tem muita coisa boa para ser lida, mas por falta de meios de comunicação que facilitem a vida dos raros leitores de nosso País que pudessem dá sugestões de leitura, os mesmos estão entregues a própria sorte, e portanto, perdidos. Podemos dizer, ainda, que salvo alguns blogger existente na Internet que tratam do assunto, os outros meios de comunicação, a televisão aberta, o radio e jornais, parecem esquecer que existe uma espécie de ser que lê e busca uma formação cultural mais substancial. Todos eles estão interessados na propagação de um público ignorante e que não tem o mínimo de pensamento autónomo para exigir seus direitos, incluindo de ter mais acesso a cultura e a informação de qualidade. Salvo determinado canal solitário que ainda é uma seara da inteligência, os demais prezam igualmente pela prática do mais do mesmo. Tendo ainda o despautério de por programas que em nada edificam mas destroem o pouco de cultura que existia em mentes tão singelas. Todavia o problema é que temos de nos encolher cada vez mais ao público ignorante e que parecem ser cada vez mais semelhante a aqueles filmes de zumbis ou de mortos vivos que não pensam, não falam, não andam e ainda por cima só pensa em acabar com alguém que ainda tem um pingo de pensamento autónomo. Em suma temos de nos proteger. Mas como podemos fazer isso? Ora através da leitura e da busca de rever a literatura clássica. No nosso caso vou sugerir alguns livros que tem como temática o "medo", na realidade são três de autores diferentes, mas que possuem a temática acima indicada.

o primeiro deles atende pelo nome de William Hope Hodgson e o conto chama-se "A casa do fim do mundo". Este livro é um clássico e para quem não tá com dinheiro é fácil encontrá-lo disponível em site em Inglês. Todavia pode ser que exista alguém que o tenha traduzido. Bem a respeito da historia, o foco principal do conto, esta centralizada em uma série de acontecimentos bizarros que acontece em uma estranha casa edificada em uma colina íngrime a beira de um abismo. Os moradores do arredor da casa a temem, devido haver acontecido estranhos acontecimentos que envolviam um determinado mistério relacionado ao velho casarão.

A segunda dica, tem como foco o autor Charles Dickens. Encontramos uma boa reunião de seus contos em um livreto que têm como título "Charles Dickens: Histórias de Fantasmas" editada pela L&PM POCKET. Nesta edição, apesar de ser modesta e aparentemente desprentenciosa, encontramos o que há de melhor do autor sobre o assunto. O livro trás o que há de mais interessante sobre contos de terror e medo como o caso do conto " O sinaleiro" e o sensível e aterrorizante conto " Uma criança sonhou com uma estrela" que é uma das mais idílicas e deslumbrantes formas narrativas que podemos encontrar em termos de literatura.


A terceira dica de leitura é representada por ninguém menos que a obra "O médico e o monstro" (ou O doutor Jeckel e mister Hyde, editada pela L&PM POCKET) escrita pelo autor Robert Louis Stevenson. Nesta obra, encontramos um cientista em volta com sua busca incessante, buscando com isso, por solucionar o mal estabelecido em nosso inconsciente, separando com isso, o lado mal daquele lado bom que cada um de nós temos.

Posteriormente, prometo que comentarei outros titúlos e indicarei outros autores. Neste sentido, também, farei analises e pequeno comentários sobre o mundo da literatura, especialmente, do horror gótico.

O MEDO COMO CATARSE PARA O DESCONHECIDO - PARTE 1


A literatura Gótica é um ramo deverás fértil para as mentes mais delirantes e febris, para não usar palavras como: o reduto de mentes geniais, capazes de surpreender com a força visceral de sua imaginação, a força sagaz e criativa capaz de vasculhar e resgatar na psique humana, lembranças embaraçosas e horrores que preferimos não lembrar e por isso esconder ou varrer para debaixo do tapete. Em suma, os escritores deste ramo de literatura, que tem no medo a sua matéria prima. Podem ser comparados a verdadeiros escultores da mente humana. Eles são artistas de uma estética refinada que tem no medo o seu substrato para sua arte. Através de suas belas linhas, encontramos muitos "Eus" que desconhecíamos. Horrores que havíamos esquecido e que geralmente por imaturidade ou por falta de uma orientação mais profunda deixaram que tivéssemos experiências, muito enriquecedoras através de sua chancela. Este género de literatura, todavia, não é fácil e tão pouco destituída de refino. Temos os autores mais variados e de tendências as mais ramificadas. De autores que abordam o ramo detivesco, como Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes ou sua amiga a escritora Agatha Cristie até Escritures de Romances mais refinados que abordavam e criticavam uma sociedade estabelecida em bases tão pueris, como Charles Dickens e Baudelaire. Todos eles em um ou outro momento, flertavam com este ramo de conto gótico ou de terror, com o objetivo de talvez escapar de um mundo tão materialista e pouco espiritualizado, que parece ter se esquecido que continuamos, sendo, ainda, de carne e osso e que podemos está sujeito a qualquer momento a violência e morte, quem sabe até de loucura!

O conto é um género bastante instigante, porque não precisa se estender por longas páginas para explicar algo que aparentemente pode ser di
ta em algumas poucas linhas. Além disso ele não tem um determinado padrão ou forma estética definida. Um autor pode iniciar uma historia falando em primeira pessoa como o exemplo de Edgar Allan Poe ou Harold Philipe Lovecraft. Pode ser também em terceira pessoa como alguns autores escrevem como Clive Backer ou Stephen King. Existem também aqueles que se apropriam destas duas formas narrativas em suas obras. Em suma, o que conta é a liberdade do autor para contar uma boa historia e que ela seja suficiente para resgatar ou instigar determinados sentimentos de estranheza e desvarios psicológicos, como por exemplo, a claustro fobia, o medo da morte, o medo da loucura, a apatia diante do inevitável, o medo de altura, a estranheza diante daquilo que nos é desconhecido, em fim de tudo aquilo que foge de nosso controle e que não tem como os entendê-los a não ser vasculhando aqueles cantos mais obscuros de nossa mente.

De fato, escrever sobre o medo parece ser uma forma de catarse que fazemos em nós mesmos. É a maneira com que cada autor tem de se redimir consigo mesmo e com os outros através de suas historias. Buscando, através delas, resgatar e mostrar que sentir pavor ou temer algo que não conseguimos explicar é uma forma natural de busca que tentamos costumeiramente fazer com o objetivo de nos encontrarmos nela. Sentir medo não é uma novidade estabelecida no homem. Psicologicamente, Freud observou que é através dele que conseguimos sobreviver e continuar vivendo. Nós somos, frutos mais originários do medo do que da coragem propriamente dita. Alias, assim como a morte e a vida são faces da mesma moeda, a coragem e o medo são partes constituintes uma da outra e estão constantemente juntas. Uma não subsiste independente da outra são leis antropologicas universais, pois são aquilo que caracteriza unicamente o homem e talvez, por isso, que tememos tanto determinados pensamentos e medos que os ocultamos no porão de nosso subconsciente.

O escritor quando aborda este tema, em particular, busca antes de tudo, e isto é uma teoria que tenho, estabelecer um diálogo com estes pensamentos obscuros que estão encerrados no porão do subconsciente e que em situações normais "nós" não ousamos expor ou mostrar ao mundo. Pois como Freud mesmo mostrou, todos nós temos determinados mecanismos que gerenciam aquilo que deve ser exposto ou não para os outros. Seguimos assim leis que são , na realidade ditadas externamente, e internamente devemos adequa-las em nosso consciente. Quando não fazemos isso ficamos no limiar da loucura e da insensatez, não conseguimos diferenciar o que real para o que não é e por isso somos capazes dos maiores disparates e dos feitos mais hediondo. No fundo todos nós temos uma parte de "loucura" em nossa constituição cognitiva e Freud observou vários casos em que isso é bastante constatado. Não obstante, o escritor consegue fazer esta passagem de forma bastante sútil e consegue resgatar muito do conteúdo cognitivo que estava armazenado em sua psique o expondo através de seus escritos. Na realidade, escrever não é só um ato imaginativo que o autor põe em uma historia hipotética e que visa o divertimento e passatempo do público. Na maioria das vezes ele utiliza sua arte para contar uma historia que tem haver com algum requisio de seu subconsciente seu e que se faz necessário dá, por assim dizer, vida a este conteúdo.

Os nossos mecanismos psicológicos são deverás complicados e difíceis de ser compreendidos, principalmente no que se refere aos nossos sentimentos. O homem apesar de se julgar superior aos animais, ainda é escravo dos sentimentos, como o bem o diz o filosofo Escocês David Hume. E por isso suas ações e inferências são menos um produto da reta razão do que de qualquer outra forma cognitiva de pensamento. Nossas emoções são instáveis e nossas ações muitas vezes pode tomar rumos totalmente inesperados. Por isso que a maioria das ciências que buscam uma determinada constância nas ações humanas padecem de um critério único que fosse capaz de sintetizar nossas ações em um único objetivo, o que se constatou ser impossível. Assim muitas vezes, os homens constatam, nas ações humanas, principalmente naquelas ditas morais, uma dualidade e por isso uma inconstância. quanto o seu critério de verificabilidade. Encontramos deste modo uma boa amostra desta constatação na obra de Robert Louis Stevenson intituladada " O misterioso caso do Doutor Henry Jeckel e Mister Hyde (que no brasil é geralmente conhecida como O médico e o Monstro). Em que a premissa básica da historia é justamente levantada sobre o problema da falta de limites morais estabelecidos a partir da total ausência de uma forma subjetiva que venha a filtrar e impedir que nossos desejos mais obscuros venham a tona e tornem-se realizáveis. Esta obra é emblemática, pois antes de Freud falar de ID, EGO e Super EGO, ( os três estados do subconsciente), o escritor Robert Louis Stevenson parecia já ter observado que em nossa mente já existia um embate entre forças contrárias na psique.

Ora, podemos finalizar dizendo que este é apenas uma amostra de que muitos escritores como Robert Louis Stevenson, Edgar Alan Poe, H. P. Lovecraft anteviram e mostraram de maneira genial determinados conhecimentos que só descobriríamos mais tarde. Na obra citada acima, não temos somente um dilema moral, religioso e quem sabe uma critica a cientificidade da era vitoriana (pois a historia é ambienta justamente neste período, que é a época em que o autor viveu), mas também encontramos já uma clara demonstração do que viríamos a ver na figura de Freud , uma análise do psíquico.


sábado, 9 de outubro de 2010

PSICOLOGIA E ÉTICA NA ARTE SEQUÊNCIAL E QUADRINHOS ADULTO


Os quadrinhos, em sua maior parte, vem se firmando como uma das mais inovadoras artes na contemporaneidade. O cinema, a pintura, a aquitetura, a escultura, a literatura e outros modos de expressão estão sendo influenciados por esta nova forma de ver o mundo e de como o interpretá-lo. Isto parece denotar certa tendência e influência dos meios em que surgiu esta nova forma de observar as coisas que fazem parte do cotidiano e que aparentemente, parecem não possuir significado algum. Através de seu ponto de vista e de sua arte começou-se a influenciar cada vez mais as opiniões do público, que antes era de um pequeno punhado de NERD´S que para escapar de um mundo incompreensível, criaram o seu próprio mundo e passaram a atingir uma fatia cada vez maior de público exigente que não se contentava mais com o mais do mesmo em que se encontrava as artes e o conhecimento artístico.

Todavia, a origem das historias em quadrinhos ou historia sequencial, como acho o nome mais apropriado, começou de maneira ingénua e lúdica. Tinha função apenas de divertir e não necessariamente de formar opiniões. As historias podiam trazer alguma lição de moral embutida, mas não necessariamente que fosse o suficiente para fazer alguém refletir sobre o que seja moral e qual o seu valor, para cada um de nós, e qual seria o beneficio que poderíamos obter através destas historias. Elas eram mais uma forma de propagar uma ideologia de Classe (capitalismo?), com o fim de enquadramento a determinado pressupostos sociais do que nos fazer parar para refletir e pensar em mudar, pelo menos, nós mesmos e quem sabe, como consequência, o mundo.

Os heróis, neste momento, surgem como uma forma de propagar determinado ideal a ser seguido, seja de uma nação hegemonia ou propagar uma mensagem seja de esperança ou um desejo, pela liberdade, por exemplo. Sabe-se que a ideia do herói esta ligada a capacidade e desejo (psicológico) que o homem comum tem, de ser alguém especial e que se destaque e seja motivo de admiração e exemplo a ser seguido por outros que são como este. Ele é o ideal e o caminho a ser atingido. Isto é muito semelhante à aqueles heróis que encontramos na Ilíada de Homero e nos escritos de Virgílio. Os heróis destes últimos foram, com certeza a principal fonte, no inicio do século 20, para o surgimento dos super-heróis que conhecemos hoje. Tais heróis, no entanto, são diferente quanto aos heróis da antiguidade em determinados aspectos. Por exemplo, Aquiles é conhecido por sua beleza, força, invulnerabilidade e destreza. Entretanto, possuía defeitos muito parecidos com os que encontramos em qualquer pessoa de carne e osso, que não possuíam poderes ou força descomunal como este herói. Igualmente encontramos nele falhas de carácter e personalidade, como o que encontramos na famosa passagem em que ele, após derrotar seu inimigo Heitor amarrou o seu corpo no carro e saiu descontroladamente o arrastando em seu carro, o humilhando em público, o que para os gregos era um dos crimes mais hediondo que um ser humano ou deus poderia cometer a um indivíduo. Dava-se o nome para este descontrole do herói de Hebrys que significa, descomedimento. Seria a parte irracional e menos heróica para assim dizer daquele que deveria ser o mais comedido dos comedidos. Encontramos, assim, um profundo desvio na conduta moral e ética nos heróis da antiguidade, pois eles estão sujeitos a falhas tão atrozes e imperfeições no caráter tão comuns como o que podemos encontrar em qualquer pessoa comum.

Em contra partida, os super-heróis das historias em quadrinhos, da época áurea de seu surgimento, não possuíam esta contradição. Eles eram a perfeição e representavam o que mais de nobre poderia existir em termos de dignidade e valores morais que poderíamos encontrar. Assuntos como liberdade, igualdade, compromisso com a sociedade, altos valores morais, companheirismo e defesa dos mais necessitados eram a premissa de suas historias. Os super-heróis das tiras de jornais e depois das historias em quadrinhos até meados do fim da década de 1980 não possuíam nenhum dilema moral ou questões relevantes a seus desvios psicológicos, salvo claro, algumas historias ocasionais e pontuais, como as que a DC produziu na década de 60 e 70 e a Marvel na mesma época, como por exemplo, a famosa historia em que unia Laterna verde e Arqueiro verde em uma viagem ao redor dos estados Unidos na distante década de 70 ou as historia da do Hulk que possuía uma clara dualidade entre um ego psicológico e atormentado do doutor Banner ou o ódio e a incompreensão do mundo perante um ser que esta totalmente deslocado do mundo como o Hulk que possui um poder de um deus e uma fúria incontralavel tão grande quanto seu poder, sendo, este, encarado como um ser totalmente deslocado no mundo e por isso repudiado por ele. Não obstante, esta historia e outras que fugia totalmente a normalidade e ao controle, eram raras . A maioria era fundamentada nos mais altos princípios e valores morais com o fito fim de propagar a mensagem difundida por todo um pensamento maniqueísta de um mundo que parecia está alienado de si mesmo. Os quadrinhos desta época era bastante "certinhos" e "politicamente correto", mesmo assim, ainda foram caçados e censurados por entenderem que em suas páginas existiam um conteúdo subversivo e que desviava as criança e os jovens da conduta moral e dos bons costumes, era o período da guerra fria.

Vale salientar, que aqui em nosso país os quadrinhos nunca foram considerados ingénuos, pelo contrário, os mesmos foram encarados como subversivos e que ocasionavam pensamentos impuros e rebaixavam os valores morais da sociedade brasileira. Estas criticas eram feitas tanto pelos sensores militares quanto por pessoas privadas e que apoiavam o atual regime. Elas em sua maioria eram donas de determinados meios de comunicações poderosos e tinham bastante influência para impedir a entrada das tiras de quadrinhos nos jornais , como bem mostrou Gonçalo Junior em seu Livro sobre o assunto intitulado "A Guerra dos Gibis", vale apena comprar e ler. O autor mostra que determinados indivíduos donos destes meios de comunicação combateu com bastante veemência a publicação em jornais e revistas das tiras de heróis e suas aventuras. Mas qual o interesse disso vocês podiam me perguntar? Ora o teor das historias em quadrinhos, apesar de meu ponto de vista ser bastante ingénua, ainda assim tinham o determinado poder de fazer as pessoas sonharem, principalmente em regimes totalitários como o Brasil passou até meados do fim da década de 80, que versavam sobre temas como o direito de se expressar, de direitos, de democracia e de liberdade da comunicação. Tudo isso era para uma sociedade e para aqueles que a apoiam, um verdadeiro problema a ser solucionado, porque causavam com a sua permanência e aquisição um verdadeiro objeto de incitação a revolta, para a sociedade o que tornaria esta difícil de controlar. Deste modo constata-se que em nenhum momento de sua historia a historia em quadrinhos pode ser tida como ingénua ou desmerecedora de determinada atenção. Ela é uma midia poderosa, justamente, por sua aparente ingenuidade e é muita mais rápida para convencer do que pode se esperar de qualquer meio de comunicação.

Assim, neste ambiente, tão impróprio para a origem de qualquer coisa, surgiu por assim dizer o quadrinho. Mas como podemos constatar, posteriormente, de ingénuo a historia em quadrinho não tinha nada. Ora basta observar que ela surgiu sobre a chancela de uma mescla de artes, como a pintura, a literatura, a fotografia e o cinema. Era praticamente inevitável e até uma consequência bastante esperada o seu surgimento. O que acredito não ser esperado era o grau de importância que hoje verificamos e a dependência quase viciosa que as artes começaram a ter através dela. Isto é explicado, acredito, através da falta de imaginação, dos chavões, de pseudo ideais que vendem com um verniz de originalidade e que de original não se tem nada, enfim, estamos no que Nietzsche falou de um completo e profunda síndrome de "Niilismo", ou seja, de falta de sentido de tudo, incluindo de imaginação. Ele mais do que todos já tinha verificado isso lá no século 19, em sua época. A arte havia decaido e parecia que sua queda não pararia, se não vinhesse alguma coisa a lhe socorrer. Esta critica parte da constatação de já haver na arte alemã esta propensão, podemos ter como exemplo, a música wagneriana que segundo Nietzsche estava inserida neste processo de decadência. Assim, esta dependência, das artes contemporaneas, da historia em quadrinhos, não seria novidade para o filosofo Alemão. Para ele antes de tudo , esta é apenas a constatação de que determinados valores morais e espírituais (e neste sentido temos de entender o espírito como o espírito de uma época, nos termos hegelianos) devem vir a ser repensados e quiça reformulados.

Neste sentido, podemos antecipar, antes de haver maiores criticas sobre este pensamento que esta nova arte em ascensão chamada antigamente de historia em quadrinos ou Gibi( HQ) e para usar um termo mais contemporâneo arte sequencial, Banda desenhada ou historias em Quadros, que estas são apenas a decorrência da decadência de determinados pressupostos da arte, como a falta de uma critica estética, como a banalização do que é arte (hoje há até quadros pintados por fezes de pombos e criança de 2 meses pintam quadros e chamam isso de arte!?) e a falta de um critério minimo para podermos estabelecer o que arte para aquilo que não é. O que ao meu modo de ver parece não está bem claro quais criterios seriam estes.

Por enquanto paramos por aqui, Mas posteriormente retornaremos a nossa análise sobre este tópico enfocando, sobremente, os aspectos evolutivos das historias em quadrinhos e como foi que de uma arte ingênua chegamos a transformá-la em uma nova mídia tão poderosa.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Festival "Agosto" de Teatro

PROGRAMAÇÃO
Sábado (9)
Agreste - Grupo Razões Inversas (SP)
Início: 20h30
Local: Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo, Ribeira)
Sinopse: Com uma narrativa nada conservadora, “Agreste” conta a história de um casal de lavradores vizinhos que têm que fugir de sua terra e encontrar outro lugar para poder viver seu amor. A morte de um deles, porém, traz uma revelação surpreendente que muda o curso da história.
Domingo (10)
Volta ao Ponto - Grupo de Teatro Janela (RN)
Início: 19h30
Local: Teatro de Cultura Popular (rua Jundiaí, 641, Tirol).
Sinopse: Livre adaptação do conto “Além do Ponto”, do dramaturgo e escritor brasileiro Caio Fernando Abreu. Os atores partem das suas memórias e também das lembranças alheias para abordar a angústia e a sensação de plenitude que elas provocam.

Milagre Brasileiro - Coletivo de Teatro Alfenim (PB)
Início: 21h
Local: Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo, Ribeira).
Sinopse: “Milagre Brasileiro” é um espetáculo experimental que aborda os “Anos de Chumbo” da Ditadura Militar brasileira, culminando com a decretação do AI-5. O foco é o “desaparecido político”, sujeito cuja estranha condição, nem morto nem vivo, serve de ponto de partida para a investigação de um dos períodos mais sombrios da história brasileira. A partir da experimentação de novas formas narrativas e com a execução ao vivo de sua partitura musical, o espetáculo põe em cena a figura mítica de Antígona para dialogar com nossos mortos. Também utiliza como referência o “teatro desagradável” de Nelson Rodrigues e seu “Álbum de Família”.
Segunda-feira (11)
Flúvio e o Mar - Coletivo Artístico Atores a Deriva (RN)
Início: 16h30
Local: Teatro de Cultura Popular (rua Jundiaí, 641, Tirol)
Sinopse: Um menino com um destino de onda, um desejo de mar. Assim é Flúvio, que mora na pequena cidade de Elmo das Pedras e parte para uma aventura em busca do mar, porque, segundo ele, é do mar que nasce toda a vida.

Meu Nome - Grupo de Teatro Casa da Ribeira (RN)
Início: 19h30
Local: Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo, Ribeira)
Sinopse: O grupo, sob a coordenação da Companhia Brasileira de Teatro e do seu diretor, Márcio Abreu, criou um espetáculo baseado no sentido amplo de identidade e afirmação social que advém do próprio nome. O título do espetáculo revela o caminho de pesquisa do grupo, que busca, através de um roteiro fragmentado, dar voz às suas inquietações mais genuínas. Os atores falam de temas diversos e de maneiras diversas. Falam de amor e desamor, falam de teatro, de preconceito, de desejos frustrados e de sonhos ainda por realizar; contam segredos, reclamam, cantam, dançam, procuram expressar a potência e a diversidade de sua geração; tentam, através do teatro, afirmar seu lugar no mundo.
Terça-feira (12)
Em Cada Canto Um Conto - Grupo Estação de Teatro (RN)
Início: 16h30
Local: Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo, Ribeira)
Sinopse: O espetáculo trata da narração de histórias populares e parlendas, contadas pelos atores Nara Kelly e Caio Padilha. A música é executada ao vivo, num diálogo direto com a cena, em que os atores investem no corpo e na voz para a transformação de diferentes personagens. As parlendas, vinhetas e canções emprestam fluidez e um tom divertido, permitindo momentos de interação com a plateia.

As Bandosas - Cia Focart de Teatro (RN)
Início: 19h30
Local: Teatro de Cultura Popular (rua Jundiaí, 641, Tirol)
Sinopse: A peça é uma comédia de costumes que mostra, de forma irreverente, os diversos aspectos da hipocrisia humana.

O Bizarro Sonho de Steven - Grupo Facetas, Mutretas e Outras Histórias (RN)
Início: 21h
Local: Tecesol (rua Governador Valadares, 4853, conjunto Pirangi)
Sinopse: O espetáculo mostra o lado torcido do ser humano que sobrevive no mundo real como mero consumidor passivo de mensagens. A dramaturgia teve como raiz o texto do potiguar Eduardo Vinicius, criando o universo subjetivo dos sonhos, em que conflitos e emoções afloram de maneira inusitada e sem explicação.
Quarta-feira (13)
A Companhia Burlesca de Espetáculo - Grupo Artes e Traquinagens (RN)
Início: 16h30
Local: Pátio da Pinacoteca (ao lado da praça André de Albuquerque, Cidade Alta).
Sinopse: O espetáculo narra a trajetória de um grupo de atores itinerantes, com raízes nas artes circenses e na Commedia dell’arte, que apresenta nas ruas e espaços diversos seu repertório de quadros teatrais: Tabarin, o guarda de honra, das farsas tabarínicas; A loja de chapéus, fragmento do texto “Cabaré Valentin”, de Karl Valentim; O romance de Dom Carlos de Alencar e Clara menina, de domínio popular; Coração materno, de Vicente Celestino; A Gioconda, de Jefferson Fernandes; além dos textos da própria companhia, que mostram os conflitos internos comuns aos grupos de teatro.

Matrióchka: Uma História Dentro da História - Grupo Estandarte de Teatro (RN)
Início: 19h30
Local: Teatro de Cultura Popular (rua Jundiaí, 641, Tirol)
Sinopse: O espetáculo é a história contada inicialmente por Ítalo Calvino, no romance “O cavaleiro Inexistente”, e narra a saga de Agilulfo, cavaleiro do exército de Carlos Magno, conhecido e odiado por ser um homem metódico e impecável no cumprimento de seus deveres e das leis da cavalaria. Apesar de todas as qualidades de caráter, Agilulfo não possuía um corpo; era apenas uma armadura vazia.

Pai e Filho - Pequena Cia. de Atores (MA)
Início: 21h
Local: Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo, Ribeira)
O espetáculo foi criado a partir da obra “Carta ao Pai”, de Franz Kafka, e leva ao espectador problemas que vão além do conflito de gerações, mostrando uma relação simbiótica entre pai & filho.
Quinta-feira (14)
Achado Não é Roubado - Cia. Tropa Trupe de Arte (RN)
Início: 16h30
Local: Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo, Ribeira)
Sinopse: O espetáculo conta a história de uma trupe de palhaços que encontra um circo abandonado e resolve “tomar de conta”. O que a trupe não sabe é que o circo tem dono e que ele só vai permitir que os palhaços fiquem no lugar se apresentarem um ótimo espetáculo.

Negrinha - Cia. Manacá de Teatro (RN)
Início: 19h30
Local: Teatro de Cultura Popular (rua Jundiaí, 641, Tirol)
Sinopse: O espetáculo é um retrato do Período Colonial, mostrando a influência africana na formação do povo brasileiro.

O Pulo do Gato - Grupo O Pessoal do Tarará (RN)
Início: 21h
Local: Centro Experimental (avenida Hermes da Fonseca, Tirol – ao lado do Aero Clube).
Sinopse: O espetáculo não utiliza a linguagem verbal. Os atores expressam sentimentos humanos a partir de situações corriqueiras de violência, carinho, solidão e amizade, utilizando o corpo como ferramenta fundamental de expressão. As situações são vividas com os atores interpretando animais (cachorros e gato). Apesar disso, o humano está presente o tempo inteiro, transformando o espetáculo num espelho de nossa sociedade.
Sexta-feira (15)
A Farsa do Poder - Grupo OsFodiDários (PB)
Início: 16h30
Local: Pátio da Pinacoteca (ao lado da praça André de Albuquerque, Cidade Alta).
Sinopse: A peça é uma livre adaptação da obra homônima do dramaturgo potiguar Racine Santos, e se passa na pequena cidade de Cudimundo. O prefeito corrupto e o delegado, seu braço direito, veem seu poder ameaçado pela chegada do governador.

Ultraje - Grupo Elas e Companhia de Teatro (RN)
Início: 19h30
Local: Teatro de Cultura Popular (rua Jundiaí, 641, Tirol)
Sinopse: Dividido em pequenos e ácidos monólogos, o espetáculo tem uma linguagem rápida, direta e divertida. Fragmentos do cotidiano foram recolhidos para a construção das narrativas, levando o espectador a olhar o cotidiano com os olhos do inusitado. O espetáculo é rápido, mas nada rasteiro, ao alfinetar, de forma inteligente e divertida, certos personagens da vida real.

Esparrela - Grupo Bigorna de Teatro (PB)
Início: 21h
Local: Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo, Ribeira)
Sinopse: “Esparrela” conta a relação do urubu Arquimedes e seu adestrador Manuel, que para entrar na cidade da qual foi expulso, resolve ensinar a ave a dançar para impressionar as pessoas.
Sábado (16)
Para Eros e Thanatos - A Tropa do Balaco Baco (PE)
Inicio: 20h
Local: Mãos nas Artes (sede do Grupo Artes e Traquinagens)
Sinopse: Partindo de uma pós-dramaturgia sobre poemas de Ascenso Ferreira: Oropa, França e Bahia, e de Zé da Luz, vingança de Caboco, a intervenção teatral PARA EROS E THANATOS – poemas de amor e morte é um exercício de representação que busca a aproximação da arte teatral e suas investidas pela diversidade literária.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

H.P. LOVECRAFT : A literatura gótica do medo e o terror admirável




Estou de volta, depois de uma grande temporada fora do ar. Mas foi bom para poder ver novos ares e terras. Buscar novas perspectivas e direções. Fazer com que o pensamento vaguei por continentes que apenas nós conseguimos vislumbrar, emfim, estou alegre de voltar a escrever algumas impressões que tive nesta ausência. Bem tratemos nesta minha volta de literatura, mas não é qualquer literatura ou autor. Falaremos aqui de literatura de Horror gotico e o autor Harold Philips Lovecraft. Então continuemos....

Não é por menos que o Guilhermo del Toro esta procurando adaptar uma das obras mais dificeis e mais densas do autor dos mitos de cthulhu. O diretor pretende fazer um filme sobre a literatura de o horror gótico mais refinada que tivemos nas últimas decadas, estamos falando, claro, do conto as Montanhas da Loucura do autor Harold Phillips Lovecraft. Muitas ráras vezes tivemos uma mente tão inv
entiva e peculiar quanto a deste escritor. Seus contos partem de um pressuposto básico, que contrária toda o conceito evolucionista darwiniano que herdamos na modernidade, a saber, que antes de qualquer prova que tenhamos descendido e habitado este planeta, criaturas extraterrenas já estavam aqui a milhões de anos atrás. Estas criaturas poderiam ser concideradas como deuses na terra, todavia, eram deuses terríveis que não tinham nenhum sentimento de compaixão ou repulsa, vivendo em um plano na qual não necessitavam de nunhum contato com os seres que habitavam este planeta. Seus desejos escusos, não encontravam nenhum paramentro que fosse considerado humano para podermos fazer uma comparação entre eles e nós. A literatura Lovecrafteana é estabelecida essencialmente em uma característica básica, existente em cada um de nós e que nos leva a temer em escalas cada vez maiores o derradeiro encontro com estas criaturas. ou seja, o nosso encontro com elas pode nos levar a enloquecer mediante sua contemplação.
O medo é o filtro condutor da loucura que pode ser ocasionado pela constatação de que terrores indomitos maiores do que qualquer coisa são capazes de realmente existir e de não haver nenhuma possibilidade de salvação ou a quem apelar. Para a literatura de Lovecraft os antigos
como eram chamados estes deuses estelares não pertenciam a terra, mas por algum motivo vieram a se instalar aqui. Não obstante, os reais motivos de sua permanencia na terra são desconhecidos, mas uma coisa podemos identificar nos mitos de chutulhu que estas criaturas são terríveis e não possuem nenhum vinculo com a humanidade, são criaturas ligadas a destruição e ao caos. Segundo a literatura de Lovecraft, parece que possivelmente os deuses estelares vinharam refugiar-se na terra devido a uma guerra interplanetaria entre criaturas poderosissimas. Tendo sido derrotados buscaram refugio em nosso planeta. Isso aconteceu a milhares e milhares de anos. A estes dá-se o nome de os "antigos" ou "os primeiros" .


Na literatura de Lovecraft encontramos, os homens investigando qual o proposito e motivo destas criaturas quererem retornar a nosso planeta, pois segundo o autor elas estão imersas em algum ponto da terra e que podem ser acordadas a qualquer momento. Para isso , se faz necessário possuir um livro capaz de trazê-las de volta de seu sono profundo. O nome deste Livro especial e importantissimo na literatura lovecrafteana chama-se "Necronomicon": o livro dos mortos. A maioria das historias ambientados na literatura de Lovecraft segue esta premissa. Na qual o persongem encontra-se envolvido com algum assassinato estranho ou acontecimento sobrenatural que o leva direta ou indiretamente a defrontar-se com o mito de chutulhu. Testando, muitas vezes sua sanidade, fazendo os personagens beirarem o limiar da loucura e da fantasia.

Temas muitas vezes profundos são tratadas nas historias, como o medo do oculto, a busca pela falta da razão, o estranhamento perante o desconhecido. A busca de evitar o inevitável, de saber que mais cedo ou mais tarde chutulhu despertará e que inevitavelmente estaremos fadados pela destruição. O que cativa e de certo modo intriga a um leitor de primeira viagem em Lovecraft e sua capacidade de tirar da cartola, através de sua imaginação fertil e extremante elaborada, temas tão obscuros da mente humana e sua incrivel habilidade de instigar o medo através de algo que não há nenhum parâmentro na literatura até então capaz de subsidiar-lhe sua literatura. Não é atoa que o Lovecraft, discipulo confesso do grande contista de terror gotico Edgar Allan Poe, tournou um dos maiores escritores do século 20 e que absurdamente, em nosso País é tão desconhecido.


Todavia, parece que com sua adaptação cinematografica, o autor passará a ser mais conhecido em nosso País. Confesso que o conto sobre "As montanhas da loucura" torna-se-á uma adaptação tão dificil de ser filmada que tenho minhas dúvidas quanto a sua fidelidade quanto a sua passagem pela setima arte do conto em questão. Mas elogio a tentativa de Del Toro. Acho que Lovecraft é um daqueles espíritos que devem serem não só elogiados quanto lidos e quiça conhecido, seus contos e livros. Os mitos de chutulhu são o que há de mais inventivo e criativo que podemos ter em mãos. Haja vista a quantidade de livros que assumem um papel meramente reprodutivo, do tipo "mais do mesmo" que muitas vezes pecam pela falta de originalidade e pela falta de subverter uma estetica tão solidamente estabelecida entre os escritores pós modernos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Cena Aberta - Outubro

A casa da Ribeira através do projeto Cena Aberta, divulga trabalhos de música, teatro e dança, a fim de democratizar o acesso ao espaço e divulgar diversos grupos culturais do RN.

Programação Outubro

A Cura - Gira Dança
Em cena: Uma companhia formada por pessoas com e sem deficiência, que tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria.
Você vai ver: Um espetáculo que tem o corpo como caminho para experiências e que rompe limites pré-estabelecidos, criando novas possibilidades dentro da dança contemporânea. 
Por que sair de casa: Porque a companhia usa sua arte para instigar nos espectadores a discussão sobre os limites do corpo e suas possibilidades. 
Quando e quanto: Sábado, dia 02/10 às 20h, R$ 5,00

O TREM - Khrystal
Em cena:A cantora Khrystal, que ao longo de sua carreira artística, guarda na bagagem premiações e participações importantes em programas musicais como Som Brasil e São João da Rede Globo Nordeste.
Você vai ver:Uma noite puramente brasileira, com canções de autoria de Khrystal. Além das participações especiais de Ricardo Baia e Klécio Moreira.
Por que sair de casa: Porque é um show que ressalta a cultura brasileira e valoriza a música nordestina. Tudo acompanhado de um timbre inconfundível da cantora Khrystal. 
Quando e quanto: Quinta e sexta, dias 07 e 08/10 às 20h, R$ 5,00 
Flúvio e o Mar - Atores à Deriva 
Em cena: O coletivo artístico Atores à Deriva, que apresenta o seu mais novo trabalho, o espetáculo infanto-juvenil “Flúvio e o Mar”, especialmente para o mês das crianças. 
Você vai ver: Momentos divertidos e de aventura. Um personagem sonhador que atravessa lugares mágicos e diferentes em busca do seu sonho, o mar. 
Por que sair de casa: Porque o espetáculo conta com uma trilha sonora ao vivo com participação e atuação de Luiz Gadelha. Além de passar uma mensagem educativa e alertante sobre as consequências de nossos atos. 
Quando e quanto: Domingos, dias 10 e 24/10 às 17h, R$ 5,00 

Mostra de Arte Carlão Lima - Ponto de Cultura Rebuliço.
Em cena: O Projeto Rebuliço, que tem como objetivo construir uma via de acesso ao conhecimento e a construção do senso crítico e criativo. 
Você vai ver: Apresentações de dança, música e teatro, proporcionando momentos únicos de interatividade, socialização e conhecimento. 
Por que sair de casa: Porque além de ser uma apreciação artística, haverá debates sobre temas trabalhados nas oficinas e na construção do evento cênico. 
Quando e quanto: Quarta e quinta, dias 13 e 14/10 às 20h, R$ 5,00 

Uma História de Lenços e Ventos - Grupo Casa da Ribeira de Teatro
Em cena: O Grupo Casa da Ribeira de Teatro, apresentando uma nova roupagem do espetáculo que é repleto de mensagens educativas e ludicidade.
Você vai ver: Um espetáculo divertido que faz o público viajar num mundo completamente imaginário em torno de temas como liberdade, meio-ambiente, amizade, sonhos e responsabilidade. 
Por que sair de casa: Porque a peça busca conscientizar as crianças a encontrar a liberdade do outro e, juntos, lidar com questões maiores da vida. 
Quando e quanto: Sábado e Domingo, dias 16 e 17/10 às 17h, R$ 5,00 

Rompendo Paradigmas - Pedubreu Tecnococo
Em cena: O grupo Pedubreu Tecnococo, com sete anos de estrada e que vem promovendo uma mistura de ritmos, cores e movimentos. 
Você vai ver: Elementos e expressões agregadas a musicalidade techno, tais como: cultura e religiosidade popular, teatro, dança e literatura. 
Por que sair de casa:Porque é um show construído na base da cultura popular com recursos da tecnologia. Misturando a tradição com a contemporaneidade.
Quando e quanto: Sexta, dia 22/10 às 20h, R$ 5,00

1.2 Juntos - Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão
Em cena: A Cia. de Dança do Teatro Alberto Maranhão criada em 1998 que desde então desenvolve um trabalho de dança contemporânea buscando uma liberdade de movimentos. 
Você vai ver: Coreografias que abordam a pluralidade do cotidiano e suas particularidades em torno dos conflitos, questionamentos, desequilíbrios, harmonia, cumplicidade e alegria. 
Por que sair de casa: Porque é a chance de assistir em um único espetáculo diferentes coreografias, assinadas por: Clébio Oliveira, Cosme Gregory, Gustavo Santos, Juarez Moniz, Mário Nascimento, Silvia Rodrigues e Wanie Rose.
Quando e quanto: Sábado, dia 23/10 às 20h, R$ 5,00 

Sobre o que restou - Procura-se Cia de Dança
Em cena: Uma companhia formada a partir da iniciativa dos bailarinos e coreógrafos potiguares Anádria Rassyne e Rodrigo Silbat, partindo de inquietações, questionamentos e da vontade de explorar outras possibilidades coreográficas. 
Você vai ver: Um espetáculo que utiliza de uma linguagem contemporânea para apresentar de forma simples e peculiar, as oportunidades de reinventar a vida com o passar do tempo. 
Por que sair de casa: Porque a peça retrata à espera “infinita” por respostas e mudanças, em consequência da exaustão de uma rotina perturbada.
Quando e quanto: Sábado e Domingo, dias 30 e 31/10/10 às 20h, R$ 5,00