O MÁGICO

Confira essa nova animação do diretor de Bicicletas de Belleville.

BALADA DO AMOR E ÓDIO

Confira nossa crítica sobre o mais novo filme do cineasta espanhol Álex de la Iglesia.

FRIDA KAHLO EM SEIS SENTIDOS

O projeto de extensão “cores” nos convida inicialmente a um espetáculo sobre a vida da artista plástica, mexicana, Frida Kahlo.

ARTEROTISMO - UM CONVITE

Gente! Ontem eu fui ao evento #OqueDjaboÉIsso, onde tive o prazer de assistir ao ótimo espetáculo "As cores avessas de Frida Kahlo"...

"A CULPA É DA SOCIEDADE"

A sociedade é culpada: Esse foi um entre outros discursos gritados nesses dias que sucederam a “tragédia do realengo”...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dia internacional da Dança

Em comemoração ao 29 de abril, dia internacional da dança, o BlogFases apresenta um evento dedicado à arte da dança. "Dancem ou estamos perdidos", uma semana inteira em homenagem a coreógrafa alemã que revolucionou o mundo da dança contemporânea, Pina Bausch. 

correção: Pina de Wim Wenders - 2011/ Sonhos de Dança - 2010

Mais informações:

Arte investigada

sábado, 14 de abril de 2012

Corpo: ilusão da presença



Pareço suspeita em escrever sobre algo tão feminino, e sou. L’Apollonide: Souvenir de la Maison close (2011), que no Brasil recebe o sobrenome "os amores da casa de tolerância" conta uma fábula erótica, onde somos voyeurs entre as paredes quentes de um suntuoso prostíbulo da Belle Epoque francesa. 

O filme nos transporta para o sonho e as memórias de alguém que viveu a aparente segurança entre as paredes do Apollonide. O diretor Bertrand Bonello trabalha o belo e o nu com classe e naturalidade, de um realismo poético e romantismo cru. Pinta o corpo feminino com a luz de suas câmeras, onde sexo e fetiches perdem a libido quando imergimos na realidade de cada uma das mulheres que desfilam durante o enredo. São majas, olympias e vênus, mulheres em seus mistérios, que falam com os olhos suas angustias e não ousam sorrir. 

Em Apollonide, frieza, melancolia e luxuria se misturam em uma trama envolvente e onírica, onde o sorriso é algo raro e algumas vezes cruelmente forçado, ilustrado claramente na personagem Madeleine, homenagem ao romance O homem que ri de Vitor Hugo. Muito dessa estética onírica se deve a fotografia exemplar de Josée Deshaies, que organiza sua obra numa verdadeira galeria. As imagens que usei (todos retiradas do filme) são uma pequena mostra do capricho da direção de arte. 

São muitas as homenagens às belas artes inclusive entre os poucos personagens masculinos temos Gustave, o homem que admira vaginas, numa merecida referência A origem do mundo de Gustave Courbet. A montagem de Fabrice Rouaud propositalmente desconexa faz alusão a memórias, essas por hora reinventadas e reconstruídas, a fim de criar uma aura de nostalgia. Por fim a trilha sonora que embala o filme trás a tona o erotismo latente que nos cativa à medida que as cenas acontecem. Todos esses elementos técnicos muito bem trabalhados e as referências artísticas fazem do filme uma obra forte e inteligentemente construída. 

As sequencias de sexo e a retratada vida marginal nos põem no limite entre o prazer e insatisfação, com a ideia de que somos refém do corpo que machuca, adoece, envelhece e morre, do corpo como uma prisão solitária, onde a única luz entra pela janela da ilusão da presença. 

Como se a vida fora daquelas paredes parecesse não existir, as imagens dos corpos que padecem o prazer alheio, em conflito com a razão que se distancia da realidade, faz clara a intenção do cineasta de montar uma ficção dentro da ficção, um sonho dentro de um sonho, um universo que se explica por si, sem contexto, sem plano de fundo, uma dimensão paralela que visa tocar o feminino em sua forma mais sublime e elegante. 

A perceptiva machista do universo feminista da mulher, objeto de desejo, de prazer e de satisfação das fantasias se desfaz ao longo do filme fazendo surgir a magnifica beleza dos corpos como único prazer, um prazer estético. 

L'Apollonide é uma fiel homenagem ao universo misterioso do feminino e a arte de pintar musas. Um filme racional enquanto esteticamente passional. 

Trailer:

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Alan Moore: Biografia e obra comentada Quadrinhos

Alan Moore é considerado um Mago, mas não no sentido comum da palavra, como aquele que fazem feitos miraculosos e ilusórios que encantam e bricam com a imaginação dos espectadores e plateias. Isso de fato não é seu intento. Seu objetivo último é levar-nos tal qual a magika ( a verdadeira magika escreve-se com o "k" para diferenciar da falsa e ilusoria que tende a enganar o espectador em vez de elevá-lo a um desenvolvimento mental e espíritual de cunho transcendental). A magika verdadeira é a do moldador, aquele que transforma e muda a realidade seja ela feita na forma material, seja ela feita no plano espirítual e mental. Por isso utilizar-se de palavras e de suas possibilidades de aplicação e distenções. Nesse sentido é perfeitamente compreensível entender o por que Alan  Moore se intitula de "Mago" na medida que se tornou um mestre em distorcer e moldar a realidade e o mundo de milhares de leitores da Arte sequêncial a seu próprio modo.  

Muitos argumentistas brilhantes o consideram como um dos maiores gênios da literaturae Arte sequêncial e o principal pilar de uma revolução que elevou as HQs a um nível jamais concebido pelos leitores e criticos.  Talvés os únicos que consigam se rivalizar ou superá-lo e isso é uma humilde opinião minha é Will Eisner e em alguns momentos seu amigo Neil Gaiman, mas isso não é válido de ser dito. Pois cada um, a seu modo, contribuiu para fundamentar esta posição em que se encontra a Arte sequêncial.   Não obstante qualquer literatura que nos venha esclarecer como estes Gênios das Hqs conseguiram tal feito é extremamente bem vinda e esta matéria do omelete, que agradeço Waldomiro Vargueiro e o site Omelete pela incrivel materia que nos deu uma visão geral do percurso intelectual e do trabalho do Bruxo de Northampton .

Sem dúvida Alan Moore por sua relevância para aqueles que admiram as HQs não só merece livros traduzidos na lingua patria no Brasil como também outros autores como Neil Gaiman que talvez seja o que mais tenha obras sobre seu trabalho e sua vida publicadas em Português e que com toda certeza merece muitas outras públicações. Temos também, além de Gaiman o Will Eisner que possui uma dos mais excelentes livros que abrem as portas para os estudiosos da arte sequêncial chamado de "Quadrinhos e arte sequêncial" e que se tornou um icone para os amantes das HQs e serve de referência para os estudiosos do assunto.

Mas voltando ao Moore, falar que o inglês é carrancudo, niilista e encrenqueiro com a sua obra é exagerado, pois o que acredito que o Moore pensa é o que ele vem dizendo a muito tempo sobre transpor hqs para o cinema é que ambas são midias totalmente distintas e por isso sempre vão esta imperfeitas uma no domínio da outra.  De fato, apesar dos incriveis esforços já feitos para transpor herois e graphic novels para o cinema sempre saímos do cinema com uma sensação de que faltou alguma coisa no filme. E de fato, isso acontece devido a ausência critica de pessoas que sejam especializadas no assunto e que mesmo que o sejam não percebem as diferenças estéticas como instransponíveis.  Ao contrário, compactuam para os trazé-los sempre que possível quando percebem seu potencial para obter lucro. Por isso, que Moore percebendo isso, já anteve o final da canção...pois como todo o grande sucesso o refrão sempre se repete e o final sempre é o mesmo, a saber, que a industria cinematografica não tem nenhum compromisso com a arte seja ela cinematográfica seja ela arte sequêncial. Deste modo, justifica-se seu desinteresse para com as adaptações de comics para a sétima arte. 

Creio que no futuro penso em falar de autores que me influênciaram e que me deram uma nova perspectiva de como contar uma boa historia de HQs sem cair no convencionalismo tacanho da industria "heroica" que temos hoje ainda muito forte nas HQs. Além de Moore, Will Eisner, Neil Gaiman, Jean Carlo Berardi, Brian Wood, Brian Azzarello entre outros grandes autores que são igualmente brilhantes a seu modo como Moore, penso que cada um deles merece um comentário pormenorizados de seu pensamento e forma de contar historia, pois ao contrário do grande Waldomiro pretendo analisar o que se encontra não dito nas obras de cada autor, melhor explicando, quero saber como eles encaram a folha em branco a sua frente e como formulam de forma criativa suas historias e constituem seus elementos estéticos, por isso não pretendo simplesmente fazer um relato historico da obra de cada, pois acredito que isso já foi suficientemente feito por mais competência do que eu por outros autores, como o Waldomiro por exemplo. Por conseguinte postergo esta minha intenção de fazer esse exercício aos poucos e com bastante reflexão sobre o assunto. Agradeço a todos e recomendo a reportagem do Waldomiro a todos aqueles que admiram o Alan Moore.


Agradecido a todos.

Renato de Medeiros

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Katsuhiro Otomo | Criador de Akira está preparando novo mangá Quadrinhos | Omelete

Um dos mais cultuados criadores de manga no Japão e autor da mega animação Akira, retornará a uma série longa, coisa que fazia anos que Katsuhiro Otomo não fazia. Ele até então o momento apenas produzia historias curtas em manga, se dedicando quase totalmente seu tempo em fazer animações. No entanto, retornou para mais uma longa criação de historias na midia impressa. Esperamos ansiosos por mais uma série de sucesso deste que é um dos maiores revolucionadores de anime do Japão. Bem vindo de volta mestre Katsuhiro!