O MÁGICO

Confira essa nova animação do diretor de Bicicletas de Belleville.

BALADA DO AMOR E ÓDIO

Confira nossa crítica sobre o mais novo filme do cineasta espanhol Álex de la Iglesia.

FRIDA KAHLO EM SEIS SENTIDOS

O projeto de extensão “cores” nos convida inicialmente a um espetáculo sobre a vida da artista plástica, mexicana, Frida Kahlo.

ARTEROTISMO - UM CONVITE

Gente! Ontem eu fui ao evento #OqueDjaboÉIsso, onde tive o prazer de assistir ao ótimo espetáculo "As cores avessas de Frida Kahlo"...

"A CULPA É DA SOCIEDADE"

A sociedade é culpada: Esse foi um entre outros discursos gritados nesses dias que sucederam a “tragédia do realengo”...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Curta: A Cafeteria



Vídeo produzido pela alemã Jaclyn Stauber. Gostei do estilo quebradiço das shapes e contornos dos personagens além, claro da textura em tons saturados. Confira:



The Coffee Shop from Jaclyn Stauber on Vimeo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A verdade da mentira

Da série "pra quem tem vida social". Os Fazedores apresenta: «F de Fraude» de Orson Welles
No contexto do ciclo "O original, a cópia, a cópia da cópia", Os Fazedores apresenta o mais estranho dos filmes de Orson Welles.

F de Fraude (85´) de Orson Welles
Quinta-feira 22 de Setembro, 17 e 19 hs.
Auditório B - CCHLA - UFRN

Sinopse: 
Welles utiliza a história de um brilhante falsi- ficador de quadros, o húngaro Elmyr de Hory, para levantar questões pouco indagadas, relativas ao sentido da mentira na arte. Elmyr fala sobre os caminhos que o levaram à pacata ilha espanhola de Ibiza e revela não se sentir mal pelos artistas que copia. Entre estes, estão Mo- digliani, Picasso e Matisse. Taxado pela imprensa de inimigo da arte, parece manter-se tranqüilo quanto à própria posição. Nesse ponto, somos levados a tomar partido de um dos lados, por meio da escolha de uma visão do que representa a autoria artística.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fragmentos do desejo: un dialogue d'actions

Ontem, foi a chance do público natalense de menor poder aquisitivo (lisos) ver um ótimo espetáculo no Teatro Riachuelo. Claro foi minha chance também. Fui sem saber quase nada sobre o que seria apresentado. Sabia apenas o nome da peça: Fragmentos do desejo, que à minha primeira impressão parecia algo bem brega e dramático, digno dos filmes do Almodóvar (adoro o Almodóvar!). 

Mas enfim, o que me interessa aqui é compartilhar a minhas impressões com essa peça. Abrindo um parenteses (me disseram que não havia lugares ruins para sentar dentro do teatro, eu fiquei com o "menos bom" então, o que me impediu de ver com detalhes todo o espetáculo, precisaria de um binóculo). 
Esse impedimento não foi suficiente para apagar o brilho da produção áudio visual que eu assisti.

Quando as luzes se apagam totalmente e me vi num breu de “meter dedo no olho”, senti o clima da trama e a técnica dos artistas no palco, onde uma caixa retangular e multiuso era praticamente o único cenário.  A peça gira em torno de uma relação incestuosa entre pai e filho, que tem a governanta (tão multiuso quando a caixa- cenário) como cúmplice e um cego apaixonado por uma voz desconhecida que ecoa de um cabaré.  Flashbacks, uma sonorização hipnotizante que mais parece um álbum do PinkFloyd e atuações veladas de movimentos precisos, marcam a obra audiovisual da Cia Dos à Deux. 

O filho se descobre homossexual e procura a aceitação do pai, em um silencio absoluto eles jogam uma partida de xadrez que nunca chega ao fim, como um dialogo de ações. Paralelamente, um romance confuso se se desenvolve, o que nos estimula mais a cada cena.

Detalhe, indentifique várias partilhas diferentes... Mas esse asutno não cabe nesse post. 
Quem tiver oportunidade de ver esse espetáculo, veja. É incrível. 

Xêrus! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"O mundo é mau"

Diretor: Lars von Trier
Elenco: Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, John Hurt, Alexander Skarsgård, Brady Corbet, Stellan Skarsgård
Produção: Meta Louise Foldager, Louise Vesth
Roteiro: Lars von Trier
Fotografia: Manuel Alberto Claro
Duração: 136 min.
Ano: 2011
País: Alemanha/ Dinamarca/ França/ Itália/ Suécia
Gênero: Drama
Cor: Colorido


Aviso: O texto pode conter algum spoiler. 

Destruidor da moral, religião, esperança e outros valores humanos, não imaginei outro pilar para vir “na chón”. Em Melancolia, Lars Von Trier aborda pela primeira vez o que seria uma espécie de sci-fi cosmo-apocalíptica. O papo é direto: um planeta com mesmo nome da película vem em rota de colisão com a terra. Esse plot para um diretor qualquer cairia provavelmente num belo clichê, mas estamos falando de algo produzido pelo “sr. maldito”.

No início do ano algumas declarações polêmicas no Festival de Cannes, levaram a expulsão ad infinitum do diretor nas salas do festival. Apesar do ocorrido, e pedido de desculpas Lars continua uma persona non grata até hoje. Em declarações, Lars afimou que esse triste episódio foi péssimo para o filme, no afetou sua bilheteria. Chega de momento Revista Caras! De voltar ao que interessa...

Melancolia segue a estética adotada no seu filme anterior Anticristo, com diversas cenas lentas que se assemelham a quadros surrealistas dignos de contemplação em galerias de arte. Tám confesso que algumas das tomadas são lentas de mais pra minha santa paciência perturbada.

Sempre que assisto algo do Lars Von Trier me pergunto: Qual a cor da merda que ele jogará dessa vez no ventilador? Ele não alivia dores, nem te passa KY. Melancolia é angustiante e provoca aquela sensação de que seu estômago foi amassado igual a papel velho, a intriga do roteiro foi muito bem distribuída na primeira das duas partes da obra. A sensação de que as intrigas estão rolando sem te dá direito de saber claramente o que está acontecendo é irritantemente agradável, atiça minha bedelhice em saber da vida dos personagens mais antagonistas. O elenco é de peso, a personagem principal, Justine é vivida por Kristen “Mary Jane” Dunst, Charlotte Gainsbourg (Claire), Kiefer “ Jack Bauer” Sutherland (John) entre uma dezena de outros grandes atores. A bela atuação de Kristen rendeu o prêmio de melhor atriz em Cannes 2011.

Na segunda parte do filme, as atenções se voltam para o planeta Melancolia que está na suposta rota de colisão com a terra. O clima agora é menos articulado nas relações dos personagens, o elenco também diminui para focar na paranóia e o medo da passagem do planeta e o possível fim da Terra, contra-balançado com a tensa esperança de que tudo no fim pode acabar bem (num filme de LVT? Nem!).

A Melancolia é um sério candidato a ser o melhor filme do ano (ao menos pra mim =D ), não é a melhor obra do diretor, mas certamente está acima das fitas lançadas em 2011.