quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fragmentos do desejo: un dialogue d'actions

Ontem, foi a chance do público natalense de menor poder aquisitivo (lisos) ver um ótimo espetáculo no Teatro Riachuelo. Claro foi minha chance também. Fui sem saber quase nada sobre o que seria apresentado. Sabia apenas o nome da peça: Fragmentos do desejo, que à minha primeira impressão parecia algo bem brega e dramático, digno dos filmes do Almodóvar (adoro o Almodóvar!). 

Mas enfim, o que me interessa aqui é compartilhar a minhas impressões com essa peça. Abrindo um parenteses (me disseram que não havia lugares ruins para sentar dentro do teatro, eu fiquei com o "menos bom" então, o que me impediu de ver com detalhes todo o espetáculo, precisaria de um binóculo). 
Esse impedimento não foi suficiente para apagar o brilho da produção áudio visual que eu assisti.

Quando as luzes se apagam totalmente e me vi num breu de “meter dedo no olho”, senti o clima da trama e a técnica dos artistas no palco, onde uma caixa retangular e multiuso era praticamente o único cenário.  A peça gira em torno de uma relação incestuosa entre pai e filho, que tem a governanta (tão multiuso quando a caixa- cenário) como cúmplice e um cego apaixonado por uma voz desconhecida que ecoa de um cabaré.  Flashbacks, uma sonorização hipnotizante que mais parece um álbum do PinkFloyd e atuações veladas de movimentos precisos, marcam a obra audiovisual da Cia Dos à Deux. 

O filho se descobre homossexual e procura a aceitação do pai, em um silencio absoluto eles jogam uma partida de xadrez que nunca chega ao fim, como um dialogo de ações. Paralelamente, um romance confuso se se desenvolve, o que nos estimula mais a cada cena.

Detalhe, indentifique várias partilhas diferentes... Mas esse asutno não cabe nesse post. 
Quem tiver oportunidade de ver esse espetáculo, veja. É incrível. 

Xêrus! 

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