O MÁGICO

Confira essa nova animação do diretor de Bicicletas de Belleville.

BALADA DO AMOR E ÓDIO

Confira nossa crítica sobre o mais novo filme do cineasta espanhol Álex de la Iglesia.

FRIDA KAHLO EM SEIS SENTIDOS

O projeto de extensão “cores” nos convida inicialmente a um espetáculo sobre a vida da artista plástica, mexicana, Frida Kahlo.

ARTEROTISMO - UM CONVITE

Gente! Ontem eu fui ao evento #OqueDjaboÉIsso, onde tive o prazer de assistir ao ótimo espetáculo "As cores avessas de Frida Kahlo"...

"A CULPA É DA SOCIEDADE"

A sociedade é culpada: Esse foi um entre outros discursos gritados nesses dias que sucederam a “tragédia do realengo”...

terça-feira, 24 de maio de 2011

1º Baile de Dança de Salão do CCN

O Complexo Cultural de Natal realiza no, próximo dia 4 de junho, seu 1º Baile de Dança de Salão. Além de música ao vivo, o evento terá como atração apresentações de Dança de Salão de alunos do CCN e de outras academias de dança de Natal.


O baile visa proporcionar aos alunos do CCN e à comunidade em geral um espaço para dançar e difundir as práticas relacionadas principalmente à Dança de Salão em Natal. Segundo o instrutor de Dança de Salão do CCN, Maxwell Oliveira de Lima, a idéia é realizar esse baile pelos menos uma vez por semestre. "Ou mensalmente, dependendo da receptividade do público", explica.


Além de proporcionar aos amantes da dança mais uma opção para prática, o Baile também será um instrumento de divulgação da Dança de Salão, promovendo as aulas que são oferecidas no CCN para jovens, adultos e idosos.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

PROFISSÃO PROFESSOR: INDIGNIDADE E PROTESTO

Vendo o vídeo em que a Professora Amanda Gurgel fala sobre a educação de maneira geral, não só do Rio Grande do Norte, mas de Todo o Brasil. Me levou a pensar na repercussão que teve seu desabafo em relação ao desgaste já há muito estabelecido sobre esta profissão, que vem se tornando cada vez mais desvantajosa e muitas vezes desencorajadora. Investigando as redes sociais e matérias pela Internet, constatei que muitas pessoas, sejam elas educadores ou não se sensibilizaram com o desabafo da Amanda. Entretanto no meio dos comentários encontramos várias pessoas que criticavam a sua fala, isso faz parte da Democracia, pois opiniões diferentes devem ser consideradas tanto quanto aquelas que vem a nosso apoio. Entretanto, o que me preocupa é a velha retórica embutida na argumentação utilizada pelos vários comentários postados nas páginas na Internet.


Muitos dos posts acusam o discurso da Amanda sob o viés da pura reinvidicação material de ganhos, como se ele fosse construído pautado apenas nos ganhos pessoais, tendo inclusive esquecido matérias tão importante como estrutura e condições de trabalho. Além de acusar a professora de tecer um discurso "tendencioso" partidarista - sindicalista que não tem como objetivo a melhoria da educação, mas antes toma a defesa de uma facção partidária. São inúmeros os que acusam-na em sua fala a hegemonia da relevância salarial em prol de outros problemas que são inerentes a profissão de professor.


Mas não é isso o que observamos no discurso da Amanda Gurgel. O tema por ela abordado vai além do apenas salarial. Sua fala vem a denunciar a falta de dignidade do exercício da profissão de professor, da ausência de profissionalismo na categoria, vem inclusive a denunciar a falta de condições materiais e intelectuais da educação e porque não dizer da má vontade de alguns mestres do giz em ensinar. O discurso da Amanda simboliza bem mais do que o salarial, ele vem a materializar tudo aquilo que gostaríamos de escutar de alguém quando se fala de educação. O que ela diz no vídeo é a demonstração tácita da pouca referência e valorização que a profissão oferece para o jovem universitário que já reflete se quer ou não seguir uma profissão que já nasce morta antes mesmo de se efetivar. São muitos os exemplos que tenho ouvido e presenciado de negativas de alunos quando perguntados se seguiriam a carreira de professor. As respostas quase sempre são as seguintes "só faço licenciatura para obter o diploma e poder arranjar um emprego melhor" outros dizem "só vou ser professor se for o último caso, fora isso prefiro ficar atrás de um balcão de loja ou estacionar carros em ruas que ganho mais e vivo sem aborrecimentos", e o pior e mais humilhante é escutar da boca de professores efetivados e recem chegados que querem abandonar a profissão por outra, quando dizem: "hoje em dia, ser professor é sinonimo de mendicancia e desrespeito, ninguém nos elogia ou escutam o que dizemos, somos um nada, então porque ensinar?" . E ainda o que podemos falar ou expressar quando escutamos pais dizerem sobre os professores em greve que: "são verdadeiros mercenários e vagabundos que tem preguiça de ensinar" ou pérolas como esta "para que ganhar mais se eles tem mais de um emprego?" existem outras como "professor é o melhor das profissões, pois tem duas ferias por ano e trabalham em casa". E o que dizer das acusações sobre a classe de ser tendenciosa quanto a defender determinado partido? De fato não há o que falar, pois parece que já fomos a muito julgados sem, como é de costume, ser escutados.


Amanda em seu discurso para a câmara dos deputados do RN que defendem o atual governo do DEMO, vem apenas externar a insatisfação e desgosto que a profissão de professor no Brasil esta fundada. As acusações de tendência a defender determinada ideologia política é errónea, devido não haver, como expressou Amanda Gurgel, nenhum Governante que tenha tomado a educação como prioridade em seu governo! A insatisfação da classe que Amanda tão bem expressou vai além do salarial, ela segue-se a completa falta de perspectiva em que esta inserido todo o processo educacional. Fala-se entre os educadores em falência do Estado em conduzir a educação. Basta para isso vermos a enorme quantidade de alunos analfabetos funcionais e semi analfabetos que chegam a 6ª, 7ª, 8ª e 9ª série e não é raro chegarem a níveis médios e superiores sem saber ler e quando sabem não sabem o que escreveu. Todo o processo esta errado, seja ele de cunho pedagógico, estrutural, de proteção ao ensino e de investimento. Nestes termos para aqueles que defendem a acusação a respeito do carater mercenário dos educadores, eu me pergunto, então quanto para vocês vale a educação dos seus filhos? 10 R$ rais, 20 R$ reais, 1.000 R$ reais, quanto valem os seus filhos? Se seguirmos a lógica seria de dizer muito....não teríamos como estabelecer uma quantia satísfatoria, mas outras perguntas nos surgem quem ganha com o fracasso da educação? As escolas particulares, os cursinhos preparatórios para o vestibular, os professores particulares? quem ganha? os Políticos que preferem a massa ignóbil e bruta que não tenham nenhuma perspectiva de revolta ou de análise critica para cobrar seus abusos de poder e desvios de conduta, quem ganha então com a falência da educação, quem???? São tantos os acusados que perdemos de vista o essencial, a saber, que todos nós como cidadão somos responsáveis pela educação quando votamos e esquecemos após a divulgação do resultado do pleito de exigir dos ganhadores suas promessas, somos nós os grandes culpados pelo o estado em que se encontra a educação tanto do RN como do Brasil.


Quando Amanda fala na câmara exigindo mais respeito com a profissão a secretária de Educação do Estado ela não se restringe somente aos professores este respeito, mas a todos os que fazem parte deste processo, como alunos, merendeiras, pais de alunos, sociedade, juízes, comerciantes, empresários, padres, pilotos de avião, engenheiros, ministros, presidente ( apesar do senhor Luiz Inacio Lula da Silva dizer que para ser presidente não era preciso muito estudo, o que eu discordo e acredito sinceramente que ele não falava sério), jornalistas, policiais, bombeiros, e, .......políticos necessitam de igual respeito.


Não obstante o sintoma a respeito da pouca relevância que a educação tem para os governantes, expresso por Amanda Gurgel torna-se preocupante a medida que identificamos na desvalorização da profissão de professor, a falta de perspectiva da formação de um povo brasileiro competitivo tanto a nível mundial como a nível de mercosul, pois constata-se que qualquer país parte na frente de qualquer disputa comercial e capitalista aquele país que possua mão de obra qualificada e que se exija cada vez mais um nível de estudo maior e que não nos encontramos preparado, e, que ao contrário somos desestimulados a tê-lo, então o que será de nossos filhos? Garanto que os filhos de grandes empresários e comerciantes não desejariam ver seus filhos operando aparelhos de telemarketing ou trabalhando na construção civil embuído de poeira e coberto de pó de cimento, ou melhor ainda, sendo professor de língua estrangeira. Se os empresários, comerciantes, hoteleiro e sociedade em geral não prestarem atenção ao discurso que a décadas os professores e educadores deste país vem fazendo não haverá volta, entraremos definitivamente no mundo das trevas....rumo a barbárie, isso se já não estivermos.


Por fim, tenho a dizer que de fato Amanda Gurgel mostrou muito bem o rumo em que se encontra a educação brasileira que se mostra sucateada e sem perspectiva de melhora. Denuncia, também o cinismo e pouco caso, como podemos observar nos rostos dos deputados, no vídeo, a sua verdadeira preocupação que é defender aquilo que lhe é favorável e deixar de lado aquilo que deveria ser sua prioridade que é o povo ou a sociedade. Deste modo, não é novidade ver que os alunos tem pouca importância para os senhores da assembleia legislativa do Estado, acredito que é assim em todo o país, pois o que importa é que os professores voltem cabisbaixos ao arremedo de suas aulas e finjam que ensinam enquanto os alunos finjam que aprendem para que eles voltem a tranquilidade de seus gabinetes. Por último gostaria de dizer e frisar que o movimento dos professores como "CLASSE" organizada não vem defender nenhuma bandeira de partido político nenhum haja vista que o movimento passou já por inúmeros governos e nenhum deles fez nada a favor da educação do país ou de qualquer Estado. O movimento não tem cunho meramente salarial, pois o ambiente ruim, violento e desalentador da educação já passou do nível de mera reivindicação salarial e esta mais para um pedido de ajuda e de respeito, pois encontramos posição semelhante que apoiam este discurso em declaração de futuros ou não professores de historia, letras, geografia, matemática, física, química, educação física e etc... quando dizem " nem se me pagassem R$ 5.000,00 (cinco mil reais) eu seria professor, não vale apena, não é o sálario, mas as condições materiais, organizacionais e profissionais que não são estimulantes....eu simplesmente não me interesso por seguir uma carreira que não sou respeitado por um pai quando lhe peço o mínimo, que é observar se seu filho faz a tarefa de casa ou quando o mesmo vem armado (algumas vezes é policial civil ou militar) perguntar porque o seu filho não passou somente em minha matéria!"





ANTROPOFAGICAMENTE FilosofandO

Devorando Oswald de Andrade e com ele todo um manifesto antropofágico,  absorvendo sua essência em princípios imorais.  Não podia ser diferente que usasse dos seus recursos, depois digerindo-os e em seguida expelisse um pensamento.

Pensar os valores de um povo é pensa-los de dentro para fora. Da mínima expressão à manifestação mais sublime de sua personalidade. Pensar meus próprios valores, repensá-los. Do particular para o universal à moda aristotélica.

Eu assumo, consumo cultura enlatada, me causa azia, mas se oferece a mim insistentemente, ao alcance das minhas mãos e do meu paladar ignorante. Instiga-me, mesmo nunca me satisfazendo é presença constante.
Mas é na estranheza das palhas de bananeira, na rima e na ginga do coco de roda e de zambê, do samba e da catira, nasci e fui criada. Cultura empalhada. Nos museus arquitetônicos, desprezada.
Como digerir essa cultura que nunca engoli? Essa cultura plástica que nem de longe conheci. De capitania de exploração à casa de mãe Joana. Da carta de Pero Vaz de Caminha ao Samba do crioulo doido.
Na colonização vivíamos o velho mundo, na modernidade a vanguarda, na contemporaneidade o sonho américano, no futuro de hoje (made in China) o mundo todo, menos o eu mesmo.
Um país sem umbigo. Sem caráter materno, com raízes encharcadas de Coca-Cola. Um povo desorientado de pai e mãe. Batendo no peito, 2014.
É goooool!
Não diria preguiçosos, mas talvez passivos no mapa-mundi. Monges tropicais.
Do devir a incompletude do nada ser. Nada ver. À ordem e o progresso.  



segunda-feira, 2 de maio de 2011

ARTEROTISMO - UM CONVITE

Gente! Ontem eu fui ao evento #OqueDjaboÉIsso, onde tive o prazer de assistir ao ótimo espetáculo "As cores avessas de Frida Kahlo" e ainda uma grata surpresa (as portas da peça) uma curiosa instalação chamada  "A sinceridade pode deixar marcas maiores".

O trabalho é produto de pesquisa de Ramilla Souza desenvolvida no projeto “O que está aqui está em todo lugar, o que não está aqui está em lugar nenhum”. Ela aborda uma série de questões pessoais em torno da infância, impotência, fragilidade e fetiche. Enfim, uma experiência envolvente e interessantíssima a cerca do erotismo e sexualidade.



Adorei o trabalho e lógico que me identifiquei muito, além de ficar fascinada pelas imagens utilizadas na exposição. A instalação te convida em um curioso jogo de abrir envelopes e ler mensagens (que poderiam ser suas para alguém ou ditas de alguém para você) em tom íntimo e pessoal.
Todas as imagens (que também ilustram esse post) são do artista Trevor Brown. Um espetáculo a parte que combina perfeitamente com as mensagens deixadas por Ramilla. 

Adorei isso! Recomendo!

Imagens:
www.pileup.com/babyart

Gente! Ontem eu fui ao evento #OqueDjaboÉIsso, onde tive o prazer de assistir ao ótimo espetáculo "As cores avessas de Frida Kahlo" e ainda uma grata surpresa (as portas da peça) uma curiosa instalação chamada  "A sinceridade pode deixar marcas maiores".

O trabalho é produto de pesquisa de Ramilla Souza desenvolvida no projeto “O que está aqui está em todo lugar, o que não está aqui está em lugar nenhum”. Ela aborda uma série de questões pessoais em torno da infância, impotência, fragilidade e fetiche. Enfim, uma experiência envolvente e interessantíssima a cerca do erotismo e sexualidade.



Adorei o trabalho e lógico que me identifiquei muito, além de ficar fascinada pelas imagens utilizadas na exposição. A instalação te convida em um curioso jogo de abrir envelopes e ler mensagens (que poderiam ser suas para alguém ou ditas de alguém para você) em tom íntimo e pessoal.
Todas as imagens (que também ilustram esse post) são do artista Trevor Brown. Um espetáculo a parte que combina perfeitamente com as mensagens deixadas por Ramilla. 

Adorei isso! Recomendo!

Imagens:
www.pileup.com/babyart