domingo, 24 de janeiro de 2010

Polêmica sobre "argumento de inclução"


O fato é que o primeiro colocado em Medicina no vestibular da UFRN era aluno da rede pública. E Este ano, os egressos de escolas estaduais e federais conquistaram praticamente todos os primeiros lugares da universidade. O motivo principal responde pelo nome de Argumento de Inclusão. Um bônus de 10% na nota final garantido ao estudante que desde a 6ª série do Ensino Fundamental freqüenta a escola pública. É preciso ainda passar para a 2ª fase e obter, nas provas discursivas, um argumento acima de 450, para ter direito. A bonificação foi criada na edição de 2006 e reforçada no último vestibular.

“Esse argumento é uma medida de inclusão muito válida. As condições entre a rede privada e o ensino público são muito diferentes e é preciso tratar diferentemente os diferentes, para que se faça a igualdade” (reitor do IFRN)

“A gente não tem idéia de quantas vagas existem para a rede particular e a escola pública, com essas medidas, tem se tornado cada vez pior. Tenho certeza que já estão revendo porque não tem cabimento permanecer dessa forma” (Diretor do Colégio Ciências Aplicadas)
“Justo é o princípio da equidade. Todo mundo igual e o governo que trate de melhorar a escola pública. Se é possível uma boa educação em escola particular, então é possível uma boa educação em escola pública” (Diretor do Colégio Ciências Aplicadas)

“Até mesmo para a isenção fazemos uma seleção em cima das notas que os interessados (alunos de escola pública) têm em Português e Matemática. E para ter direito ao Argumento de Inclusão, o candidato precisa ser aprovado para a segunda fase do vestibular e ter um argumento superior ao mínimo, que é de 450” (Comperve)
“O que considero injusto é um professor querer que o mérito do primeiro lugar seja só dele. O mérito é do candidato, é da família e de uma base que muitas vezes é anterior àquele cursinho” (Comperve)



A discussão está aberta, fiquem a vontade pra comentar sobre o assunto.


Comentários
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há muito tempo que vemos a educação pública definhar com o passar do tempo e dos mandatos. Afinal, se o político de carteirinha solucionar o problema da educação, assim como o da saúde e segurança, possivelmente, eles acabarão achando que não haverá mais achar promessas que possam ludibriar os seus eleitores e enganá-los sucessivamente. Talvez seja por isso que a educação institucionalizada não avance em nosso país por que é muito comodo deixar que o problema se repita só para ter aquele assunto recorrente em que possa estabelecer suas promessas e engodo ao eleitor desafisado. Deve-se, contudo, ser necessário solucionar o problema da educação estadual pelos governos regionais e acabar com a politicagem que vem como um verme corroer e acabar, através de medidas paliativas como o sistema de inclusão que nada mais é do que a clara demonstração da falência da educação institucionalizada paga com o dinheiro de nossos impostos.

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