Estamos em Julho de 2011, o Governo representado sobre a figura de Rosalba ameaça cortar salário e invalidar a Greve com um argumento “pífio” e “estúpido”, coisa retrograda e muito utilizada pelos governantes, diz que atendeu quase todas as reivindicações dos professores (eles dizem exigência, como se professores pudessem exigir alguma coisa) e que já não há motivo para a permanência da Greve. A argumentação esta pautada, como sempre, em uma inverdade como foi mostrado em uma reportagem de um jornal local:
Um dos três coordenadores do Sinte, o professor José Teixeira disse ontem que a assessoria jurídica do Sindicato estava preparando a defesa, na qual explica que o governo implantou o piso salarial apenas para dois mil professores do ensino médio, que tinham uma remuneração inferior a R$ 890,00. "O governo deixou de fora os graduados e professores com mestrados e doutorados". Teixeira também adiantou que o Sinte norteia a sua defesa no fato de que os 34% de reajuste alardeado pelo governo, só irá ser pago a partir de setembro e esse percentual só será alcançado em dezembro de 2011. Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/professores-apresentam-hoje-defesa-a-justica/187713; Natal, 05 de Julho de 2011 | Atualizado às 07:3
De fato é normal este posicionamento do Governante de nosso Estado, afinal, eles não têm nenhum compromisso com a Educação. Há muito tempo que os alunos e Escolas Estaduais figuram com os últimos lugares, como bem mostra o MEC. Não é a volta dos professores ou reposição das aulas como o quer o desembargador relator Virgílio Fernandes Macêdo Júnior, que já havia expedido o mandado de intimação para forçar os professores do Estado a voltar às aulas forçosamente; jogando mais uma vez (como sempre o fazem os representantes do governo), a responsabilidade pela inabilidade dos alunos, para passar nos exames mínimos exigidos pelas escolas normais e na seleção do Enem e vestibulares, nas costas dos professores. Enganam-se quem acha que professor em sala de aula quer dizer sucesso no ENEM e no VESTIBULAR isto é apenas um “tolo” argumento que deveria cair em desuso e que só convence, infelizmente, a população do Ensino do Estado que por não possuir Educação de qualidade que o incentive ao pensamento critico e reflexivo fica intelectualmente submisso a um argumento que há muito esta caquético e ultrapassado por pessoas ditas cultas e que quer “ o bem dos alunos”.
Entretanto a infelicidade maior esta igualmente pautada na forma covarde e submissa de muitos educadores que ao menor indicio de corte do salário ou no vislumbre de qualquer grão de melhora volta a dá aula ou simplesmente não adere ao movimento grevista por achar que não vai mudar nada ou que vai prejudicar os alunos. A estes digo os alunos com ele ou não em sala de aula já estão desde sempre prejudicados, não é sua permanência em sala de aula que vai mudar a situação. Além disso, existem aqueles que por pura tendência partidária ou pela admiração a quem esta no poder, não participa do movimento de reivindicação por melhoria na Educação pública, o que presta antes um desserviço a si mesmo e a todo o aparelho já “falido” da Educação do Estado do Rio Grande do Norte, excluindo-se do processo de debate e procura de melhoria prejudicando toda uma categoria. Existe, também, a utilização de estagiários para muitas vezes enfraquecer o movimento e poder de reivindicação da classe de professores objetivando a completa sujeição do ensino aos moldes que se encontram em nosso estado. No Rio Grande do Norte, o ensino nunca foi e talvez, se depender de quem esta no governo, será levada a sério. E os professores será sempre uma categoria marginalizada pelos governantes e culpada por uma sociedade sem educação que não tem capacidade de exigir daqueles que realmente podem fazer alguma coisa para mudá-la os seus governantes. Por isso procurem, movimentem-se no sentido de exigir melhoras naquilo que eles sempre prometem em toda eleição!
Agradeço a todos e peço que o todo poderoso nos ilumine nesta caminhada
Rmj.