sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

LIVROS: leitura e resistência


Ler, Ler sobre tudo! não é apenas uma palavra, frase solta ou tola, desprovido de um contexto que seja. Nossos leitores, ainda são poucos, alias insuficientes. Os livros são caros e tornam-se inacessíveis por não haver uma cultura de sua utilidade prática para nossa saúde mental. Apenas o físico importa? Não há estimulo para os mais jovens para os lê-los, afinal porque perder tempo com algo que eu posso obter na Internet ou que prejudica aqueles que ganham com a ignorância e analfabetismo do povo/eleitor. Nossos pais e amigos, os conhecidos, ninguém é estimulado a ler. Nosso país deseja resguardar o futuro dos jovens, mas como se não há futuro imediato que se vislumbre no horizonte!

Nós somos aquilo que escrevemos e lê-mos. Isso quando temos chance. Porque famílias pobres, pressupõe analfabetas, e, desprovido do básico para se poder ler e escrever. Os nossos alunos, a maioria pobre em todos os sentidos, não são estimulados a ler porque ninguém ganha com isso, se ganha mais com sua ignorância.


Mas, não podemos por como empecilho para a possibilidade da formação de um público leitor a dificuldade escolar, apenas. A sociedade põe o problema do analfabetismo, pautado puramente na falta de estrutura escolar, tanto de professores, quanto de políticas públicas que estimulem a leitura e, também inclui a boa vontade do Estado. Todavia, o acesso ao livro propriamente dito, continua um impedimento ao estimulo a formação de novos leitores.

Acho necessário mostrar algumas tentativas e possibilidades de formarmos leitores, através da iniciativa de algumas editoras, como por exemplo a editora Abril. Esta Editora começou a algum tempo de promover lançamentos de clássicos da literatura que não é de hoje. Cada livro custa o valor de R$ 14. 90 reais cada. As edições são semanais e o acabamento é de ótima qualidade. Além da Abril existe as edições da L& PM pocket que variam de preço conforme a obra. Temos preços de R$ 8,00 reais até R$ 25,00 reais e são, igualmente, de ótima qualidade. Temos, também a Martin Claret e mais uma editora surge no mercado editorial com um claro objetivo de proporcionar livros mais baratos e acessíveis que é a piguin editores. O mercado, portanto, esta aquecido e propenso a incentivar e arregimentar mais leitores.

Estes são apenas alguns exemplos para mostrar que a literatura apesar de, ainda ter um valor elevado, já existem tentativas de popularizar e incentivar a leitura em nosso pais. Elas ainda estão engatilhando e acontecem muito lentamente. Mas essencialmente para termos um salto qualitativo e quantitativo em termos de aumentarmos os incentivos a leitura é necessário acima de tudo uma programa educacional e de formação em nossa sociedade de cidadão cada vez mais educados e letrados.

Dizer que livro, ainda é muito caro e inacessível é uma desculpa que não tem justificativa. Principalmente, da classe C e B que eram as mais pobres e que se pressupunha não ter dinheiro já não se justifica mais, a econômia de nosso país melhorou muito e conseguiu algum progresso e melhoria na condição de vida, mas essa melhoria não se refletiu no desempenho e estimulo a leitura e formação de nossos alunos. Ainda hoje acha-se mais barato e preferível comprar três garrafas de cerveja ou um litro de cachaça da boa ( ambas cusatam mais do que um livro comprado no sebo) do que comprar um livro. Ninguém pode, portanto, dar desculpas de que livros são caros ou inacessíveis porque existem várias maneiras de se adquirir este bem que parece a princípio não ser possível de ser alcançado. Todavia, como já mostramos acima, existem várias maneira de adquerí-lo sem que necessariamente em uma livraria. Existem hoje várias maneiras de fazermos nossa leitura, seja ela através das bibliotecas, amigos ou algumas vezes quando são jogados fora por pessoas tão ignorantes que não dão valor a peça tão importante que é o livro. Existe, ainda, maneiras baratas para adquiri-los através de sebos, cigarreiras e até de livrarias. Em nossos dias existem varias maneiras e estímulos para nos fazer ler. Já não há mais margem para darmos desculpas ou dizermos que não temos tempo para ler. Temos simplesmente que ler e muito, Sobretudo aquilo que nos proporcione prazer.

Seja como for, isto são só delírios de um leitor e um pseudo escritor. Não tenho pretensão de convencer ninguém, mas só mostrar que podemos ler, melhorar a leitura, assim como pessoa e ter acesso a educação. Desejo acima de tudo, para aqueles que ainda não são leitores assíduos e que acham leitura chata que reflitam e comecem a ler alguma coisa nem que seja bula de remédio. E para aqueles que já são leitores desejo que continuem e ajudem a propagar esta coisa incrível e gostoso que é ler.

Que todos tenham direito e acesso a leitura. Leiam bastatne tudo o que gostam. A literatura é democrática e livre.

Até mais. Abraços a todos. E que os céus lhes iluminem!!!

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