sábado, 2 de maio de 2015

ENTREVISTAS COM ROTEIRISTAS POTIGUARES DE HQS


EMENTA: O objetivo dessas entrevistas é ressaltar o modo próprio de ser da profissão e trabalho do roteirista/argumentista nas obras de Historias em quadrinhos do RN, procurando mostrar como e o por quê o roteirista faz suas escolhas em detrimento do desenvolvimento de uma historia ao invés de outras. Buscando com isso, responder para o grande público leitor de hqs o que os motiva ou faz optar por contar historias do que ser um mero reprodutor delas. Além de compreender suas reflexões, anseios e opiniões sobre os quadrinhos potiguares e suas especificidades.


Mini biográfia:

Desenha desde a infância e procura desenvolver seu traço há vários anos.  Por meio dessa busca desenvolveu  a técnica de desenho visual, sensitivo, assim como caricaturas, quadrinhos, charges e tirinhas. Também trabalha como tatuador. Além disso abriu sua mente para outras possibilidades artísticas como pintura, escultura, teatro e etc, que mantém como hobby. 




ENTREVISTA:

1 – Bem agradeço a disponibilidade de tempo, do ilustre roteirista para essa entrevista e já começo perguntando o que o levou a fazer roteiros sobre quadrinhos?

Eu é que agradeço pelo seu interesse nesse assunto. Fazer quadrinhos foi uma forma que encontrei de testar minhas aptidões artisticas, e criar experiência que servisse de dado sobre o mercado de quadrimhos no RN, e dessa forma ter uma visão sobre o rumo do quadrinhos Potiguar.

2 – Ok, então sabendo de suas motivações gostaria de aprofundar mais o conhecimento sobre as hqs que te influenciaram, despertando você para esse universo dos quadrinhos?

Sempre gostei da liberdade nos traços de Jin Lee, sem ele eu não teria me despertado pelo universo da Marvel, e dos quadrinhos em geral se não fosse por ele. Somados a isso os diversos artistas de mangás, que me mostraram que atitude é uma qualidade vendável nesse mercado, e que desenho estiloso é que põe a obra do artista nas bancas, o roteiro só será analisado depois da compra, e determinará o retorno do cliente. Essas nuances devem ser conhecidas pelos artistas.

3 – Então, observando suas motivações e influências quais os gêneros ou tipos de historias você desejaria escrever para os futuros leitores de seus quadrinhos.

O público de qualquer segmento comercial é extenso demais para ser generalisado, existem gostos diversos entre a população que consome quadrinhos, e é quase impossível agradar a todos. Eu não sou adepto de gêneros, nem tipos de quadrinhos, não me limito, apenas observo a cultura local, e dou para as pessoas aquilo que elas já possuem, só que sob minha ótica artística.

4 – Muito bem,  você poderia falar um pouco sobre a forma de escrever roteiros e suas preferências, além de se possível for, me responder qual a sua posição quanto a abordagem de temas delicados que por acaso você venha ou tenha escrito  e que nem sempre são temas muito faceis de serem abordados e aceitos pelo grande público leitor?

Só abordo temas atrelados a realidade social. Não há necessidade de escrever sobre temas que não tenham aceitação entre a sociedade, o roteirista precisa partir de uma análise social sobre o tema pretendido, buscar nas mídias informações pertinentes, e conhecer situações que sirvam como base explanatória. E focar o que o grade público quer, que é o que importa.

5 – Você possui alguma pretensão de desenvolver uma a estética própria em sua escrita que tenha como objetivo experimentar através de seus roteiros?

Sim. Agregar valores culturais e nacionais geralmente aceitos aos roteiros que faço.

 6 – Essa pergunta é cabciosa, para não dizer sacana, mas necessito fazê-la, você se considera um roteirista de que tipo? Comercial que escreve para vender e divulgar o seu trabalho apenas, Independente que objetiva escrever para um determinado público, desejando uma liberdade maior de criação ou ser Alternativo (underground) que procura a experimentação e a liberdade de expressão, apenas, sendo que o público consumidor seria apenas uma consequência e não o objetivo principal?

As três alternativas caracterizam um bom roteirista, pois todo o sucesso depende do quanto ele conhece seu público alvo. E , uma vez conhecendo o público alvo, é imprescindível atender suas exigências.

7 – Muito bem, considerando que como quadrinista inserido em uma região do país, a nordestina em que temos a carência de tudo há decadas, qual a perspectiva atual do mercado de Hqs nessa região e especificamente, o quadrinho potiguar?

Carência existe em qualquer setor econômico, Cabe a política potiguar criar perspectivas, através da lei de incentivo a cultura, para qualquer manifestação artistica em nossa cidade. Tal privilégio depende dos nossos impostos.

8 – Nessa perspectiva, gostaria de saber quais as hqs POTIGUARES que lhe despertaram alguma curiosidade e lhe surpreenderam em algum sentido nesse ou em outros anos?

Várias hqs do nosso estado são interessantes, mas prefiro não citar os nomes, pois a lista é imensa, temo que algum título fique de fora. E quero salientar o potencial do projeto primeira edição, que do meu ponto de vista deveria voltar com força total. Todos os artista que participaram estão de parabéns.

9 – Confesso que já fiz uma lista de roteiristas potiguares que gosto, mas serei sacana e restringirei a lista a três roteiristas que você considera nos últimos tempos que produziram historias interessantes e se possivel, fizesse um pequeno comentário sobre sua opinião a cada um deles e suas obras?

Não posso cometer essa garfe, todos os artistas do nosso Rio Grande do Norte estão entre os melhores do Brasil, e competem entre os melhores do mundo por reconhecimento no mercado, todos merecem sua porção de fãs.

10 – Não precisa dizer que se você esta sendo entrevistado por mim é por que já o considero uma promessa para o panteão dos roteiristas Potiguares e promessa de grandes historias para o futuro, além disso espero muito de você, mas  fora essa pressão psicológica qual suas perspectivas de roteiros futuros e qual os outros gêneros de historias gostaria de escrever?


Ícone culturais do nordeste, lendas do nordeste, adaptações de mitos populares, e contos que divulguem nosso estado Rio Grande do Norte. Se o roteiro for a nível nacional, recomendo uma boa releitura das nossas raízes, para trazer a tona nossos mitos, tradições, reforçando a cultura nacional.

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