sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O CLIMA DE UMA TRAGÉDIA QUE SE ANUNCIA




Recentemente, o IBAMA e os órgãos ambientais do Rio Grande do Norte fizeram um voo sobre a Região Sul de Natal/RN. O objetivo primordial era localizar e identificar os locais de posse irregular e edificações feitas sem o devido estudo e aprovação dos órgãos ambientais. O foco principal é bastante claro, segundo o Ministério público e os representantes dos órgãos ambientais, prevenir e controlar as chamadas zonas de protecção da mata nativa e o que restou de mata atlântica e morros. A intenção é louvável e bastante pertinente, porque diante das profundas modificações ambientais e climáticas que certamente virão a atingir nosso estado, e já atingem o mundo, faz-se necessário um estudo mais pormenorizado dos perigos das chuvas e das conseqüências que poderão vir a ser ocasionado através da queda de barreira e enchentes. Mas o sentido mais importante, esta na prevenção e conscientização de que ocupar um lugar e fazer prédios, condomínios e casas sem se preocupar com o clima e com o meio ambiente.

No mundo todo, o respeito ao meio ambiente e ao clima já é uma realidade que se faz presente. Não há como ser diferente, pois todos nos somos afetados pelo clima e pela natureza. Talvez, o mundo aprendeu isso já muito tarde, pois tanto a Europa quanto a América do Norte tem muito pouco de sua vegetação natural enquanto nós do Brasil, ainda, por enquanto, mas perceberam com uma certa demora que é necessário respeitar a natureza e o clima. É esta visão atualissima que convoca toda a capital do país a lutar pela ocupação ordenada e manutenção de matas nativas nos morros, na proibição de construções em terrenos que deveriam serem redutos de mata e de permanente preservação como as dunas e mangues que se faz necessário de uma nova consciência ecológica.

É esta visão que levou a prefeitura de Natal/Rn a dá relevância ao aspecto ecológico e preventivo as mudanças climáticas na capital, torna-se importantíssimo para as gerações futuras e para prevenção de futuros acidentes e prevenção de trágedias. As decisões que serão tomadas a partir destes estudos serão bastante importante para a tomada de decisão futuras sobre como se dará a ocupação dos espaços da cidade e protesão das matas nativas.

Um dado preocupante esta em alguns setores que concentram uma certa parte da economia do nosso estado, particularmente o setor hoteleiro e construção civil, que utilizam a velha retórica de que os interesses ecológicos impedem o desenvolvimento do Estado e que nossa capital esta na contramão de todos as capitais do pais que investem maciçamente no desenvolvimento da construção civil e da edificação de novos prédios. Este discurso é bastante antigo; estamos diante do velho embate entre desenvolvimento irresponsável e irracional versus ocupação racional e estudado, respeitando as particularidades de cada terreno e seus possíveis desníveis e irregularidades.

O ponto central da discussão esta na seguinte perspectiva, se os nossos interesses particulares e económicos se sobrepõem aos da segurança e da vida, então porque habitar ou ocupar um lugar que esta fadado a abreviar nossa existência. Os interesses económicos não levam em consideração que o clima ou o terreno pode mudar conforme os ditames da natureza e com isso pode ocasionar vários desastres que poderiam ter sido evitados. É através da antecipação dos possíveis eventos que poderiam vir a ser desastrosos que as novas formas de ocupação e edificação deveriam se pautar. Entretanto, os monopólios e interesses particulares quase sempre se sobrepõem ao da maioria.

Em nossa capital esta é uma discussão que ainda vai muito longe, mas que se faz necessária. Mudança climática é coisa séria basta ver os noticiários pelo mundo a fora. Não pensemos que estamos longe desta realidade. O clima é realmente inprevísivel e construir sem levar em consideração o terreno, a mata nativa ou os demais espaços ecológicos, torna-se irresponsável e temerário. devemos levar em consideração que o interesse de poucos que nos mostra ilusoriamente que os "seus interesses" são os "nossos interesses" é mera retorica que nos levara a um suicídio auto imposto.

Por tudo isso, apoio a iniciativa do IBAMA, Ministério público e dos órgãos ambientais, na fiscalização e multa dos infratores que ocuparam e construíram em terrenos irregulares que não foram autorizados pelos órgão competentes. Além disso a comissão verifica a concessão que foi dada a determinadas construções que foram feita sobre dunas e que desmataram determinados locais de proteção ambiental para fazer condomínio e edifício. Devido a isso, devemos convocar toda a sociedade para dá seu a poio a esta iniciativa que é louvável, mas antes de tudo importantíssima na prevenção e acidentes na capital.



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