O MÁGICO

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BALADA DO AMOR E ÓDIO

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FRIDA KAHLO EM SEIS SENTIDOS

O projeto de extensão “cores” nos convida inicialmente a um espetáculo sobre a vida da artista plástica, mexicana, Frida Kahlo.

ARTEROTISMO - UM CONVITE

Gente! Ontem eu fui ao evento #OqueDjaboÉIsso, onde tive o prazer de assistir ao ótimo espetáculo "As cores avessas de Frida Kahlo"...

"A CULPA É DA SOCIEDADE"

A sociedade é culpada: Esse foi um entre outros discursos gritados nesses dias que sucederam a “tragédia do realengo”...

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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Do soluço... que a vida insiste.


A vida pede socorro! Socorro da demasiada humanidade ou da carência dela. A cegueira coletiva deforma sanidades e paixões! Sim, uma intervenção se faz urgente, mas não das armas e da ordem intolerável. Resulta daquilo que escapa do caos primitivo tão presente nas cosmogonias. O caos transformador que traz harmonia e soberania popular. Harmonia é a arte que nasce da composição de elementos distintos, de um entendimento mutuo que não iguala a todos como peças de lego numa estrutura rígida e sem articulações, mas como partes de um quebra cabeças mutável que se reconstrói diferente a cada vez. Obriga-nos a perceber sempre cada coisa ao redor como sendo única e ainda parte de um organismo vivo completo. A lógica infundada do progresso, a ilusão da necessidade criada, o consumismo e a falta de comunicação infiltra nossos "tempos modernos" tempo demais e a estrutura da comunidade completamente fragilizada ameaça ruir. Eis a tragédia dos nossos tempos. As fronteiras são imaginárias mas as ameaças são concretas. E não ferem a dignidade de uma cultura, de um povo, de uma classe, fere a decência humana.
O nosso protesto se perdeu nas palavras de ordem, gaguejou na linguagem vital que pensa conceitos e une diferentes possibilidades de vidas num único objetivo, a criação coletiva. Porque do contrário teríamos nascido em capsulas isoladas flutuando pelo espaço. Nós somos a falha no sistema da Matrix e essa desordem evidencia a riqueza heterogenia capaz de exercer modos de vida diferentes e vir a ser outros e ainda se manter o mesmo. Mas, como dizia Miller, esperançoso e tão atual quanto nunca: "A raça deste planeta tem um longo período de agonia pela frente antes de emergir para a luz branca da aurora". A peleja do homem pela terra se renova pela manhã, pena que nem todos saem das cavernas para contemplar. Alguns, de olhos fechados, oram e esperam consolo dos deuses, os que se deixam atravessar se (re)encontram nas artes, no sublime da natureza; porém, outros desacreditados de si mesmos, desatinados, pedem que a polícia tome o poder, talvez por medo de se perderem completamente no vazio do absurdo que é a existência. Quando que a possibilidade de vida surge senão entre o vazio. O possível é a noção política que perfura e desafia verdades à criação com o mundo comum e humano. Pelos sorrisos, afetos, vontades, pela flor que nasce no asfalto, pelas sementes dispersas pelo vento, pelo fôlego, do soluço... A vida insiste.